Participação na política pode e deve começar bem cedo

EDITORIAL -

Data 03/07/2020
Horário 04:17

Neste ano, ocorrem as eleições municipais. Devido à pandemia do novo coronavírus, o primeiro e segundo (onde houver) turnos serão realizados em novembro, no dias 15 e 29, respectivamente. Com as propagandas eleitorais muitas vezes exageradas e repetitivas por todos os lados, agora mais ainda nas redes sociais, é comum que as crianças queiram saber mais sobre o assunto. Mas será que as escolas vinham agindo como deveriam, preparando os pequenos acerca de seus papéis enquanto cidadãos? Na maioria delas, o tema é pouco debatido. O mesmo acontece em casa. Para os pais, falar sobre política com os filhos pode ser complicado. Existe até certo receio de gerar discussões.

Com o objetivo de fortalecer a democracia e aumentar o debate sobre os problemas nacionais, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) lançou na última semana uma campanha digital para incentivar a participação de jovens na política. A ação, intitulada "Eu na Prefeitura, Eu na Câmara", é direcionada a pessoas entre 16 e 25 anos. Os interessados em participar devem enviar, até hoje, pela internet, um vídeo de 30 segundos, respondendo sobre o que falta na sua cidade e o que poderia fazer para melhorar a situação se fosse eleito prefeito ou vereador do município. Os melhores vídeos integrarão uma campanha da Justiça Eleitoral de incentivo ao voto.

Uma maneira de analisar, como cidadão, o que realmente está faltando onde vive, de se preocupar com o que pode ser melhorado, para, em novembro, ajudar a escolher - com as melhores propostas apresentadas e uma pesquisa sobre o perfil do candidato - quem realmente possa fazer algo de bom pela cidade.

Política é um assunto que muitos fogem. Mas deve ser continuamente abordado, por pessoas de todas as idades, independente se o ano é eleitoral ou não. Crianças e menores de 16 anos não votam. Mas existem diversas outras maneiras de participar da vida do país e, efetivamente, fazer política.

Em casa, com a ajuda dos pais, por exemplo, as crianças e jovens podem começar a acompanhar o noticiário, ler jornais e revistas, se inteirar sobre o que se passa no Brasil e no mundo. Nos pequenos conflitos familiares, oriente-os a negociar, ceder e respeitar, atitudes essenciais no exercício da política. Fale sobre as regras de trânsito, os lugares destinados a deficientes e idosos, bem como os demais direitos desses grupos. Ensine os pequenos sobre a convivência, tolerância e prática da cidadania. A frase é clichê, mas é a pura verdade: os jovens são o futuro da nossa nação. E eles precisam ser conscientes, atuantes, dispostos a lutar por anos melhores.

 

Publicidade

Veja também