Pecuária leiteira: Programa ajuda a economizar mais de 56 mi de litros de água

Cristiano Machado

COLUNA - Cristiano Machado

Data 31/03/2022
Horário 06:45
Foto: Sergio Santorio\Embrapa 
Iniciativas de redução no consumo de água contribuem para a maior sustentabilidade no campo 
Iniciativas de redução no consumo de água contribuem para a maior sustentabilidade no campo 

O programa Boas Práticas Hídricas, desenvolvido em parceria entre a Nestlé e a Embrapa, motivou a economia de 56.841 milhões de litros de água na produção de leite. Esse foi o volume que as mais de 1,4 mil propriedades leiteiras que participam da iniciativa deixaram de consumir em 2021, comparando-se ao ano de 2020. A estimativa foi calculada por meio de indicadores de eficiência hídrica medidos em uma amostra das unidades participantes.
As fazendas avaliadas estão localizadas no Paraná, Goiás, São Paulo e Minas Gerais. O monitoramento foi realizado mensalmente por meio de hidrômetros instalados em vários pontos de consumo. Com ajuda dos técnicos, os dados coletados nos hidrômetros foram lançados em planilhas ou diretamente no aplicativo Leiteria, desenvolvido pela Nestlé para auxiliar na gestão das propriedades leiteiras.
O monitoramento também demonstrou que houve redução na quantidade de água utilizada na produção por litro de leite, um indicador de eficiência muito importante. Em 2021, nas fazendas monitoradas na amostra, foram ordenhadas 2.742.384 vacas, sendo produzidos pouco mais de 53 milhões de litros de leite. Em relação a 2020, houve um aumento de 5% no número de animais e, ainda assim, diminuição de dois litros de água por vaca em lactação, e de um litro de água por litro de leite. 
“Essas iniciativas de apoio à redução de uso de água na produção leiteira são essenciais para evoluirmos em nossa jornada de sustentabilidade no campo”, declara Barbara Sollero, gerente de Milk Sourcing da Nestlé Brasil. “O Programa traz uma visão integral em temas como gestão de água e resíduos, qualidade, bem-estar animal e cuidado com o meio ambiente, olhando para todos os diferentes aspectos que contribuem para a jornada do desenvolvimento rural”, informa.
“Quando falamos em eficiência hídrica na produção leiteira, almejamos produzir o mesmo litro de leite com menos litros de água. Conseguimos fazer isso de forma significativa no período avaliado, passando de 5,5 litros de água por litro de leite em 2020 para 4,5 litros em 2021, redução de 18%”, explica o pesquisador da Embrapa, Julio Palhares.

Evolução das boas práticas hídricas
Desde 2018, a Nestlé mantém o programa Boas Práticas Hídricas, com apoio às fazendas leiteiras e instalação de hidrômetros para ajudar a mensurar o uso de água na produção. Em 2019, 20 fazendas eram monitoradas com o equipamento; esse número passou para 60 em 2020 e para mais de 1.400 em 2021. Para o pesquisador, quantificar o uso de água é a primeira etapa para entender onde e como esse recurso é utilizado na propriedade. “Não tem como manejar o que não conhecemos. Para realizar o manejo hídrico da propriedade, saber o quanto consumimos de água é fundamental”, destaca Palhares.
O resultado da avaliação do programa demonstrou que apenas o monitoramento do consumo já foi suficiente para proporcionar ganhos de eficiência hídrica nessas propriedades. No entanto, a ideia do programa é ir além e fazer com que os produtores internalizem as boas práticas hídricas no dia a dia. Por isso, em 2022, 20 fazendas foram selecionadas para a implantação das ações e monitoramento dos impactos nesse primeiro momento.  Para cada uma dessas fazendas, a Embrapa desenvolveu um plano de manejo ambiental – ações para redução do consumo de água e manejo de resíduos - adaptado de acordo com a realidade de cada uma, por prioridades, e com determinação de tempo para cumprimento das metas.
As fazendas vão servir de vitrine de manejo da água e resíduos com ganhos ambientais, econômicos e sociais. (Por Gisele Rosso, da Embrapa Pecuária Sudeste)

Gisele Rosso\Embrapa 

Houve economia de dois litros de água por vaca em lactação

Gisele Rosso\Embrapa 

Programa Boas Práticas Hídricas monitora o consumo de água em mais de 1,4 mil propriedades leiteiras em 4 Estados e visa difundir boas práticas hídricas no setor
 

Megaleilão 2022 abre temporada de venda de touros da Nelore CFM

O Megaleilão Nelore CFM, evento que marca o início da temporada de venda de touros da CFM, será realizado no dia 4 de agosto. A CFM colocará à venda os melhores touros Nelore CEIP nascidos em 2020.
Como sempre, o Megaleilão – que chega à 24ª edição – oferece condições especiais de comercialização e de frete, com descontos progressivos nas baterias de touros e comissões de compra reduzidas de acordo com o volume de touros adquiridos, podendo chegar a zero.
“Neste momento, estamos concluindo a avaliação genética 2022 e podemos adiantar que a nova safra de touros está espetacular. Eles chegarão ao Megaleilão com cerca de 2 anos de idade e prontos para trabalhar na estação de monta 2022/2023”, assinala Tamires Miranda Neto, gerente de pecuária da CFM.
Todos os animais nascidos na CFM têm seu desempenho rigidamente acompanhado do nascimento ao sobreano. Os dados coletados nas fazendas seguem para avaliação genética na USP Pirassununga, sob responsabilidade dos profs. José Bento Sterman Ferraz e Joanir Pereira Eler. Apenas os machos que se destacam na avaliação genética, os cerca de 30% melhores, se tornam reprodutores e seguem para venda. “É a segurança de levar para as fazendas touros férteis, bem adaptados ao trabalho a campo e que carregam a melhor genética CFM, aprimorada durante mais de 40 anos para ganho de peso, precocidade sexual, rendimento de carcaça e fertilidade”, destaca Neto. (De Irvin Dias, da Texto Comunicação)

Divulgação 

Esta é a 24ª edição do Megaleilão Nelore CFM
 

Marcos Montes assume Ministério da Agricultura nesta quinta-feira 

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento realiza nesta quinta-feira, às 15h, a cerimônia de transmissão de cargo de ministro. A ministra Tereza Cristina passará o cargo ao atual secretário-executivo, Marcos Montes.  Ele substituirá a titular do cargo, que vai concorrer às eleições pelo Estado do Mato Grosso do Sul, provavelmente ao Senado. Médico por formação, Marcos Montes já foi deputado federal e prefeito de Uberaba (MG), além de secretário de Desenvolvimento Social do Estado de Minas Gerais. Ele está como secretário-executivo do Mapa desde fevereiro de 2019. 

Agência Câmara\Divulgação 

Montes é secretário-executivo do Mapa desde fevereiro de 2019
 

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