A força-tarefa que atua no combate ao incêndio subterrâneo na zona leste de Presidente Prudente ganhou o reforço de pesquisadores da FCT/Unesp (Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Estadual Paulista), que, nesta sexta-feira, coletaram amostras do solo. Eles estiveram acompanhados pelo vice-prefeito José Osanam Albuquerque Júnior (PL), pelos secretários municipais de Meio Ambiente, Wilson Portella, e Mobilidade Urbana, Adauto Bibiano da Silva Junior, além de representantes da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros.
Os pesquisadores vão realizar um levantamento das partículas liberadas pela fumaça e os pontos de maior temperatura no solo, com o objetivo de compreender o que ainda provoca a queima subterrânea e contribuir para buscar soluções definitivas.
“Retornamos para o campus da Unesp de Prudente com essas informações coletadas para que possam ser tratadas. A partir de agora, vamos analisar de que forma podemos ajudar o poder público a solucionar este problema”, explicou o vice-diretor Ricardo Pires de Paula.
Há mais de duas semanas, uma grande área localizada na Vila Furquim, aos fundos da escola Sesi (Serviço Social da Indústria), vem apresentando focos de fumaça causados por um incêndio subterrâneo. O local era utilizado de forma clandestina para descarte irregular de resíduos e abriga elementos orgânicos e materiais inflamáveis que, mesmo soterrados, servem de combustível para o fogo.
A Prefeitura aponta que, desde o primeiro chamado, a Defesa Civil de Prudente atua no controle da situação, com apoio do Corpo de Bombeiros, Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) e empresas privadas. A força-tarefa já utilizou mais de 750 mil litros de água no combate. A principal estratégia tem sido a abertura de valetas no solo para injetar água diretamente no subsolo, método que apresentou resultados positivos e reduziu a emissão de fumaça nos últimos dias.
Segundo a administração municipal, o local segue em monitoramento constante. Novas operações com máquinas e caminhões-pipa foram realizadas nesta semana e a Polícia Militar Ambiental mantém rondas diárias para coibir o descarte irregular de lixo.
A Secretaria Municipal de Assuntos Jurídicos também prepara medidas legais para punir os responsáveis pelo incêndio.
Conforme a Prefeitura, o chamado fogo subterrâneo ocorre quando a queima acontece abaixo da superfície, atingindo camadas do solo com matéria orgânica, restos de madeira, plásticos e outros materiais inflamáveis. Mesmo com a fumaça controlada, a combustão pode seguir por dias ou semanas, exigindo monitoramento constante até a completa extinção.