Como subsídio para maiores produtividades e retorno econômico, riqueza gerada em pesquisas alcança novas fronteiras com as participações de produtores de diferentes Estados no 2º Simpósio Brasileiro do Amendoim e 5º Dia do Amendoim. Os eventos na quinta-feira e sexta-feira atraíram produtores paulistas, mato-grossenses, mineiros e sul-mato-grossenses. Respectivamente, ocorreram na Torre de Cristal, em Presidente Prudente, e Fazenda Experimental, em Presidente Bernardes.
Em espaços da Unoeste (Universidade do Oeste Paulista), urbano (campus 2) e rural, a organização foi do PPGA (Programa de Pós-graduação em Agronomia), em parceria com a Fopi (Fundação Oeste Paulista de Pesquisa e Inovação).
Os organizadores, professores pesquisadores Fábio Rafael Echer e Carlos Felipe Cordeiro, avaliaram como positivo o resultado alcançado, com conteúdo ofertado por renomados palestrantes e bem recebido pelos demais participantes.
Além de produtores e pesquisadores, participaram alunos da graduação e pós-graduação em Agronomia e representantes de empresas apoiadoras: Basf, Bayer, Biotrop, K+S, Stoller, Viter e Casa Bugre, com apresentações de produtos.
Outros apoiadores foram AgroPlace, Alltech Crop Science, Ballagro, Max Crop, Primor e Turma do Amendoim. No âmbito nacional, o Estado de São Paulo é considerado a “casa do amendoim”, por ser o maior produtor.
Essa condição está entre as razões do grande empenho em produções científicas pela Unoeste e parceiros, voltadas para inovações tecnológicas e sistemas de produção sustentáveis, conforme Fábio Echer.
No âmbito regional, diz ser uma das culturas mais importantes, possivelmente depois da cana-de-açúcar e pastagem, e que tem se adaptado bem à condição das características do solo da região, sendo uma alternativa para dar sustentabilidade ao sistema do produtor.
Na safra passada, o amendoim foi cultivado em 190 mil hectares, da região de Marília (SP) ao Pontal do Paranapanema. Na atual, caiu para 120 mil hectares. Com isso, a tendência do preço é aumentar e provocar ganho de espaço nos próximos anos.
Ao classificar o evento como muito bom e realçar o alcance de novas fronteiras, Carlos Cordeiro diz que a possibilidade de insucesso é muito menor para o produtor que conduz sua lavoura com base em pesquisa.
“O produtor que faz planejamento baseado em pesquisa tem retorno econômico melhor. Com o seu sucesso, toda a cadeia do agronegócio é beneficiada. O produtor é a base dessa cadeia. O melhor insumo para a lavoura é o conhecimento”, afirma o professor pesquisador.
Para o professor pesquisador Ciro Antonio Rosolem, a pesquisa tem que andar na frente do agricultor, no sentido de ofertar informações e tecnologias para que o produtor possa produzir cada vez mais e melhor.
A economia permeou todas as falas do evento e a novidade sobre o alcance de novo mercado foi anunciada pelo presidente da Câmara Setorial do Amendoim, José Roberto Rossato Junior: o amendoim na merenda escolar.
As mesas de instalações do simpósio e do dia de campo contaram com o coordenador do PPGA, Edgard Henrique Costa Silva, e o diretor da Faculdade de Ciências Agrárias e coordenador do curso de Agronomia, Carlos Sérgio Tiritan.
No simpósio, também compuseram a mesa os pró-reitores de pesquisa, pós-graduação e extensão Adilson Eduardo Guelfi e o acadêmico José Eduardo Creste. No dia de campo, também teve lugar de honra a vice-reitora Alexandra Lima.
O presidente da Fopi, Marcelo Raphael Volf, esteve nos dois eventos. O simpósio, além de quatro painéis, teve homenagens para Modesto Barreto e Pedro Luís da Costa Aguiar Alves, com o Prêmio Dr. Ignácio Godoy.
No dia de campo, foram quatro estações. Nos dois eventos, tiveram falas os representantes de empresas de empresas apoiadoras. Dentre os produtores, Edivaldo Pacheco dos Santos Junior enalteceu os dois eventos.
Procedente de Goiás e com produção agrícola em Martinópolis, Edivaldo está entre os produtores que buscam colher soja e algodão no mesmo ano agrícola, seguindo experimentos desenvolvidos na Unoeste, por meio do estudo Amengodão.
Todos os participantes que tiveram falas enalteceram a organização dos eventos, que também tiveram as apresentações orais e em banners de trabalhos científicos; almoço no primeiro e segundo dia; e confraternização na noite do primeiro dia.
Foto: Homéro Ferreira - Homenagens: Ignácio, Pedro (homenageado), Fábio, Modesto (homenageado) e Carlos
Foto: Maycon Morano - Abertura do 2º Simpósio do Amendoim: Carlos, Fábio, Adilson, Creste, Tiritan e Edgard
Expostos e mediados por pesquisadores de importantes instituições, nos painéis foram expostos os seguintes temas: mercado e organização da cadeia produtiva do amendoim; mudanças climáticas e manejo; proteção de plantas; e tecnologias.
As estações foram com temas: eficiência no uso de água em semeadura direta; qualidade fisiológica das sementes; sistema de produção amendoim-algodão; e colheita inteligente.
As relações interinstitucionais do evento envolveram pesquisadores vinculados aos campi da Unesp (Universidade Estadual Paulista) em Botucatu (SP), Dracena e Jaboticabal (SP) e a Esal/Ufla (Escola de Ciências Agrárias de Lavras, da Universidade Federal da Lavras). Também a Apraba (Associação Brasileira dos Produtores de Algodão), Appa (Associação Paulista dos Produtores de Algodão), IAC (Instituto Agronômico de Campinas) e Apta (Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios).
No rol de relações interinstitucionais, tem ainda a Abex-BR (Associação Brasileira Associação dos Produtores, Beneficiadores, Exportadores e Industrializadores de Amendoim do Brasil).
Foto: Homéro Ferreira - 5º Dia do Amendoim ocorreu na Fazenda Experimental da Unoeste
