Pirapozinho começa a enviar lixo a Quatá amanhã

Desde ontem, detritos são depositados pela Prefeitura em containers, os quais seguirão para despejo em território quataense

REGIÃO - MELLINA DOMINATO

Data 14/03/2017
Horário 08:55


A Prefeitura de Pirapozinho promoverá amanhã o primeiro envio do lixo urbano produzido no município para o aterro sanitário de Quatá. A medida segue o anúncio feito no sábado pelo prefeito Orlando Padovan (DEM), sobre o encerramento oficial do lixão, interditado desde 2011, quando a cidade produzia cerca de 20 toneladas diárias de detritos. Desde ontem, os detritos são depositados em containers, os quais seguirão para despejo em Quatá. Esse caminho será tomado até que seja finalizada a implantação de um aterro sanitário que vai funcionar de forma conjunta com outras cinco cidades. O empreendimento, estimado em R$ 650 mil, se localiza entre Pirapozinho e Tarabai, no km 487 da Rodovia Assis Chateaubriand (SP-425), e é construído por meio do Cipp (Consórcio Intermunicipal do Pontal do Paranapanema), presidido por Padovan.

Jornal O Imparcial Prefeito informou aos catadores de recicláveis que está analisando forma de auxílio

A Assessoria de Imprensa da Prefeitura de Pirapozinho relata que o encerramento definitivo da deposição de lixo no antigo espaço, na Rodovia Olímpio Ferreira da Silva (SP-272), mobilizou os diversos setores da administração. Durante vistoria dos trabalhos finais de terraplenagem no local, no sábado, o prefeito informou aos representantes dos catadores de recicláveis que atuavam no espaço que, além das providências já tomadas para implantação de uma cooperativa pelo Cipp, o Executivo está analisando uma forma de auxílio por meio da Divisão de Assistência Social nesse período de transição.

"Com o fim do lixão, o prefeito manifestou sua satisfação e sentimento de dever cumprido, não apenas com o compromisso firmado junto aos órgãos ambientais e a Justiça, mas, acima de tudo, com o meio ambiente e o futuro das nossas novas gerações", frisa a assessoria.

Como noticiado neste diário, um barracão para abrigar a cooperativa de catadores de reciclável também está em construção pelo Cipp, e, além de Pirapozinho, vai atender Álvares Machado, Estrela do Norte, Narandiba, Sandovalina e Tarabai, juntamente com o novo aterro sanitário. Com o projeto, os municípios esperam juntos conseguir solucionar o problema da destinação do lixo, questão pendente para tantas cidades do oeste paulista. O consórcio recebeu a LI (licença de instalação) do aterro sanitário, da Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo), em março de 2016. O prazo de vida do empreendimento é de 15 a 20 anos, e cada município deve implantar a coleta seletiva para separação dos resíduos sólidos recicláveis do material que será enviado a este terreno.

 

Histórico

O perímetro onde ficava o lixão de Pirapozinho foi interditado em 2011, mas permaneceu recebendo catadores de materiais recicláveis. Por conta da iniciativa da Cetesb, desde o fim de 2010, além do despejo de lixo, também estava proibida a entrada destes trabalhadores na área. O depósito de resíduos, no entanto, passou a ocorrer em uma área anexa, em caráter emergencial e liberada por força de um TAC (termo de ajustamento de conduta) firmado com o MPE (Ministério Público Estadual). Outro acordo já havia sido feito com a Promotoria de Justiça em 2003, já que o problema foi sendo passado de gestão para gestão.

 
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