Depois das festas de final de ano chegam as contas. E o IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores), IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano), matrículas e materiais escolares, são algumas das despesas mais comuns no começo do ano. Com isso, profissionais indicam que o planejamento financeiro é necessário para evitar impacto dos gastos, endividamentos e ainda economizar.
Segundo a economista, Josélia Galiciano Pedro, o planejamento é relevante para não comprometer o orçamento e, por isso, precisa ser feito visando os próximos meses, pensando nas necessidades da família, mas sempre deixando um valor para as emergências que podem surgir ao longo do ano. “É preciso analisar as despesas, ver se realmente precisa desse bem que quer comprar e se cabe no orçamento. Se planejar, não terá tanto impacto”, explana.
Além disso, a profissional pontua que poupar precisa se tornar um hábito das pessoas, de forma que todos os meses uma quantia fixa seja guardada, como se fosse uma das contas. Assim, evita terminar o ano com saldo negativo. Aos que possuem uma renda baixa, a poupança em bancos é uma das maneiras mais indicada, pois, a aplicação financeira, ainda que pouca, irá render. “Para o pequeno poupador, a poupança em bancos talvez seja a opção mais acessível. É preciso conversar com o gerente da sua agência, para saber o melhor plano, pois as taxas variam de acordo com o banco”, alerta.
Outra opção apontada pela economista são as cooperativas de crédito, que possuem taxas menores e participação nos lucros. “Quando a cooperativa tem resultados, as pessoas recebem o retorno disso. Depende de cada uma”, complementa. Além disso, os imóveis também são uma forma de investimento, mas indicadas aos grandes investidores, pois não possui uma liquidez imediata, ou seja, deve-se pensar no retorno em longo prazo. “É um dinheiro aplicado, que não vai mexer mais. Contudo, precisam lembrar que aquela supervalorização de 10 anos atrás, não ocorrerá mais, pois a realidade do país é outra e a tendência é ficar estável”, alerta.
Sem parar de comprar
Apesar dar dificuldades do país, não é necessário interromper os gastos completamente. O ideal é pesquisar os preços e compará-los, não comprar nada por impulso. Além disso, o pagamento a vista é preferível no lugar do parcelamento, por conta dos descontos que pode obter. “As pessoas costumam observar apenas as parcelas que cabem nos gastos do mês, mas ao fim, se somar tudo o que pagou, acaba ficando mais caro”, expõe o educador financeiro, Moisés Silva Martins.
Para ajudar na organização das finanças, evitar o endividamento e economizar, o educador financeiro indica reservar 40% do orçamento para as prioridades, 30% para as contas e o restante ao pagamento de dívidas que ficaram do ano anterior e imprevistos. “O importante é não comprometer 100% do orçamento, saber que não pode gastar mais do que pode”, indica.
DICAS PARA ECONOMIZAR
1 - Listar as prioridades, itens que não pode viver sem (comida, energia elétrica, aluguel, etc)
2 – Fazer uma planilha com todos os ganhos e gastos, assim, é possível ter noção do orçamento
3 – Comprar apenas o necessário e, de preferência, pagar a vista para evitar prestações e juros
4 – Consumir com a razão e não a emoção. Pesquisar antes de comprar qualquer produto
5 - Negociar as dívidas, se possuir. Procure o credor e seja sincero sobre a quantia que pode pagar ao poucos para quitar a dívida