Polícia de Pirapozinho solicita avaliação psiquiátrica de avó

Rosângela Silva foi encontrada pela polícia na tarde de sábado, enquanto se jogava em frente aos carros, na altura do km 463 da rodovia Assis Chateaubriand (SP-425), próximo a Pirapozinho.

REGIÃO - Bruno Saia

Data 03/06/2014
Horário 03:31
 

A Polícia Civil de Pirapozinho irá solicitar hoje a avaliação psiquiátrica da aposentada Rosângela Cristina da Silva, 49, a avó que confessou o assassinato da própria neta, Ana Júlia Queiroz da Silva, que completaria três anos na próxima semana, dia 10. A avaliação será feita em São Paulo e deve demorar até 30 dias para ser concluída, após ser recebida pela equipe responsável. As informações são do delegado de Pirapozinho, Luis Otávio Forti, responsável pelas investigações.

Jornal O Imparcial Ana Júlia nos braços da avó, que está presa em Tupi Paulista

Uma avaliação prévia das condições psicológicas da acusada, avó paterna da criança, teria sido realizada pelo HR (Hospital Regional Doutor Domingos Leonardo Cerávolo), em Presidente Prudente, porém, segundo a Assessoria de Imprensa da unidade, "as informações são restritas ao prontuário do paciente e só podem ser reveladas com autorização ou mediante solicitação judicial".

Rosângela Silva foi encontrada pela polícia na tarde de sábado, enquanto se jogava em frente aos carros, na altura do km 463 da rodovia Assis Chateaubriand (SP-425), próximo a Pirapozinho. Ela foi encaminhada para o HR e em seguida para a cadeia de Dracena. Ontem, a mulher foi transferida para a Penitenciária Feminina de Tupi Paulista, onde deu entrada por volta das 13h. Segundo a SAP (Secretaria de Administração Penitenciária), "ela permanece em cela individual, em pavilhão adequado e separada das demais reeducandas, por um período de dez dias, em regime de observação". Dependendo do resultado das investigações, ela pode ser encaminhada para um hospital psiquiátrico.

 

Entenda o caso

No sábado pela manhã, a avó de Ana Júlia fugiu com a menina, que passava o fim de semana na casa de seu pai, deixando uma carta ameaçando matar a neta. A mãe da menina registrou um boletim de ocorrência por volta das 8h informando o sumiço de ambas.

Horas depois, por volta das 18h, a avó foi encontrada próxima ao local onde estava o corpo de Ana Júlia, que estava enrolado em um edredom na beira da rodovia. A polícia constatou ferimentos nos pulsos da menina e também sinais de que ela havia sido sufocada.

"Um crime como esse é impossível de ser reprimido, pois ele não segue nenhum tipo de padrão", diz o delegado. "É impossível imaginar que em uma residência onde não há nenhum histórico de violência uma avó mataria a própria neta dessa maneira", completa.
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