Polícia investiga causas de incêndio em escola

Suspeita é que o fogo tenha sido provocado por vandalismo; aulas estão suspensas, mas devem ser retomadas na segunda-feira

REGIÃO - VICTOR RODRIGUES

Data 25/11/2016
Horário 07:51
 

O prédio que abriga a Escola Municipal Professora Márcia Helena Fernandez de Araújo e a Escola Estadual Marechal do Ar Márcio de Souza e Mello, no Parque dos Pinheiros, em Álvares Machado, foi tomada por um incêndio, na noite de quarta-feira. O fogo começou por volta 23h44 e o Corpo de Bombeiros trabalhou até a madrugada de ontem para conter as chamas. De acordo com o 1º tenente dos Bombeiros de Presidente Prudente, Leonardo Chaves de Aquino, o incêndio prejudicou quatro salas de aula, sendo que três delas ficaram totalmente destruídas e uma parcialmente comprometida. Ainda não se sabe a causa do fogo.

Jornal O Imparcial Quatro salas de aula foram atingidas pelas chamas

A Polícia Científica irá elaborar um laudo com as reais causas do ocorrido, mas há vários indícios de que as chamas tenham sido provocadas por atos de vandalismo. "No vão do bloco havia algumas carteiras, em virtude de reformas em uma sala. As chamas começaram naquele ponto e se alastraram para os dois lados, atingindo as duas salas da direita e as outras duas da esquerda", explica o tenente.

No início do chamado, havia a suspeita de que a biblioteca havia sido atingida, mas as chamas não chegaram até lá. "O fogo ia na direção a biblioteca, mas conseguimos contê-lo antes que chegasse até lá", relata o bombeiro que acompanhou o caso.

Não houve vítimas. Durante o trabalho, quatro viaturas da corporação foram utilizadas e todo o incêndio foi controlado por volta de 1h30 de ontem.

Esta não é a primeira vez que a escola é incendiada. Em maio deste ano a unidade registrou uma ocorrência semelhante, mas em menores proporções.

 

Administração

As aulas foram suspensas ontem e hoje, e a previsão é que as atividades voltem ao normal na segunda-feira. O prédio abriga uma escola municipal do ensino fundamental ciclo II, do 6º ao 9º ano, e também uma unidade estadual com salas do ensino médio, entre o 1º e 3º ano.

De acordo Naíde Videira Braga, dirigente regional de ensino de Prudente, responsável pela gestão das escolas estaduais na região, ainda não há estimativa dos prejuízos. Um engenheiro civil da FDE (Fundação para o Desenvolvimento da Educação), que está inteirado do ocorrido, deverá vir a Machado para fazer o levantamento e elaborar um cronograma de trabalho para a reconstrução da parte do bloco destruído. "Ainda não temos previsões de datas, mas tudo deverá ocorrer o mais rápido possível", explica.

Sobre as aulas, elas deverão continuar até o final do letivo, que será concluído no dia 20 de dezembro, na rede estadual.  A estrutura possui sete salas de aula e uma de informática, que não foram atingidas pelas chamas. "Enquanto as quatro salas são recuperadas, vamos nos organizar e revezar para concluir o ano, que está acabando. Com certo esforço, terminaremos os trabalhos programados para 2016", enfatiza Naíde.

Ainda sobre a suspeita de vandalismo, a dirigente conta que irá intensificar o trabalho com a comunidade para que situações semelhantes a estas não se repitam. "A escola é um ambiente sagrado, que só leva realizações para os alunos através dos estudos. Vamos fazer um trabalho de conscientização para que todos se conscientizem e nos ajudem a preservar a nossa instituição", frisa.

A reportagem também procurou pela Prefeitura de Álvares Machado para se posicionar sobre o assunto, mas até o final desta edição, não houve resposta.

 
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