Bullying, deep web, como se comportar nas redes sociais e pedofilia foram assuntos tratados na palestra sobre violência digital para 200 jovens dos ensinos fundamental e médio das escolas públicas de Presidente Prudente. Segundo o palestrante e policial civil Renato Buranello, 39 anos, este tipo de inciativa proporciona um trabalho preventivo, de conscientização e de combate a alguns crimes na internet. O evento foi promovido ontem pela Coordenadoria da Juventude e a Fundação Inova Prudente.
De acordo com Buranello, além de mostrar para o público presente os perigos que existem na internet, a ação proporciona também informações para uma navegação segura. “É importante disseminar uma cultura de paz na internet. Hoje nós vemos muitos conflitos acontecendo online e esse tipo de conhecimento traz para os jovens e para região, um trabalho inédito”, diz. Segundo o policial, é importante difundir este tipo de informação aos jovens sobre as situações que se deparam no dia a dia no trabalho da Polícia Civil.
Ação efetiva
O estudante Leandro de Jesus Fogaça Filho, 14 anos, considera importante discutir o assunto e que dessa forma pode conscientizar sobre como evitar o bullying ou o compartilhamento da violência digital. De acordo com o aluno, é necessário ficar informado sobre qual providência tomar caso ele ou alguém próximo seja vítima de violência digital.
A estudante Berta Lucia Silva Brustela, 15 anos, considera a palestra indispensável quanto à educação intelectual nas escolas, e que ela pôde proporcionar conceitos sobre o uso da internet de forma segura e, principalmente, reforçar o respeito para com as outras pessoas. “Tudo que escrevemos pode causar impacto em outra pessoa, então, temos que tomar cuidado”, afirma.
Violência digital
A comunicação ainda é o melhor caminho para evitar problemas relacionados à violência digital. Segundo o palestrante, é necessário que o jovem aprenda a se comunicar e quebrar o silêncio que ainda existe para o bullying e algumas situações de perigo. A ideia, segundo ele, é que os jovens se sintam confortáveis em procurar uma pessoa de confiança, seja dentro da escola ou grupo familiar, ou na própria Polícia, para que se sintam seguros de fazer a denúncia. “Quebrar o silêncio é o mais importante”, salienta.
Quanto às famílias, Renato Buranello reforça que é de extrema importância a confiança e o diálogo com os filhos, mas que, muitas vezes, não acontece. “Hoje, vemos que os jovens estão sendo educados de uma forma digital; os smartphones, tablets, estão presentes na vida de todos, mas a família precisa estar perto e também passar confiança para os filhos caso precisem de ajuda. Percebemos, ainda, um certo medo dos pais ou escolas de procurarem as delegacias, mas nas situações mais graves , acabamos realizando atendimento e apoio”, norteia.
