Moradores do Jardim Itaipu, em Presidente Prudente, desaprovam as atuais condições de segurança e operação ofertadas por uma rotatória implantada na Avenida Comendador Alberto Bonfiglioli, que serve de acesso ao bairro. Segundo eles, o espaço onde o dispositivo foi inserido é insuficiente para comportá-lo, o que levou a administração a construí-lo muito próximo ao pátio de um posto de combustíveis. Com isso, muitos condutores de veículos acabam invadindo o local para fazer o seu trajeto, aumentando o risco de colisões e até mesmo atropelamentos, uma vez que o caminho é utilizado por pedestres.
A motorista e acompanhante Maria de Fátima Arantes Martins lamenta a decisão da Prefeitura em instalar ali uma rotatória, o que inviabilizou o acesso ao bairro pela Rua Carlos Alves, nas proximidades da Escola Estadual Professor Miguel Omar Barreto. Por conta disso, os habitantes do Itaipu precisam contornar todo o dispositivo para entrar ou sair da localidade ao invés de fazer um percurso mais rápido e seguro pela via onde está a escola. Ela conta que, em função da avenida “ser muito estreita”, os motoristas precisam atravessar o pátio do estabelecimento. “Já quase bati meu carro duas vezes”, aponta.
Para a dona de casa Lucineide Araújo Amaral, 48 anos, é preciso entender que o posto sempre funcionou naquele local, logo, a Prefeitura deveria ter planejado melhor a instalação de um dispositivo de trânsito no trecho. Ela conta que, nos primeiros dias de funcionamento da rotatória, o processo de adaptação quase acarretou diversos acidentes. No entanto, as pessoas têm ficado mais atentas quanto aos riscos que ali existem. A preocupação da moradora é com a possibilidade de algum carro desgovernado invadir o posto e ferir transeuntes. “É necessário que a Prefeitura reveja e estude melhor a rotatória”, sugere.
O empresário Teodoro Miranda, 38 anos, acredita que o dispositivo fornece uma “má dinâmica” para o fluxo de veículos e o resultado disso é que já foram registrados acidentes no perímetro. Na oportunidade em que presenciou um, afirma que chegou a comunicar uma equipe da Semav (Secretaria Municipal de Assuntos Viários e Cooperação em Segurança Pública) sobre o “erro” que foi a instalação da rotatória. Para ele, uma vez que não há muito o que ser feito agora, a pasta poderia estudar formas de intensificar a sinalização e reforçar a segurança da área. O aposentado José Carlos de Souza, 66 anos, por outro lado, argumenta que, embora os perigos existam, há a necessidade de que os condutores respeitem a legislação. “O trecho é bem sinalizado. Falta apenas mais consciência do condutor”, pontua.
Implantação de radar
A Semav informa que foi feito um estudo em que se verificou a necessidade da rotatória no local, sendo que a mesma foi implantada justamente para “conduzir o motorista com segurança” até o bairro. Quando não havia, o condutor tinha que parar no canteiro “sem segurança nenhuma”. O dispositivo eliminou, portanto, as conversões irregulares.
A respeito do que pode ser feito para otimizar a operação na via, a pasta comunica que futuramente implantará um radar de velocidade na altura do Ceforppe (Centro de Formação dos Profissionais da Educação de Presidente Prudente). “Como é um ponto de declive, o motorista acaba desrespeitando o limite de velocidade, que é de 60 quilômetros, e realiza a rotatória em alta velocidade, descumprindo a legislação de trânsito”, salienta.
Estrutura do bairro
Ano de implantação: 20/04/1977
Área de loteamento: 1.782.332,18 m²
Área verde: 9.307,87 m²
Área do sistema viário: 41.511,21 m²
Quadras: 18
Construções: 398
Terrenos baldios: 54
População estimada: Cerca de 2 mil pessoas
Fonte: Secom
SERVIÇO
A população pode promover suas reclamações, críticas e elogios sobre o bairro em que reside. O contato deve ser feito com os profissionais da Pauta, por meio do [email protected], do telefone 2104-3732 ou do WhatsApp 99104-8537.