População pede revisão de rotatória que dá acesso ao Itaipu

PRUDENTE - ANDRÉ ESTEVES

Data 22/04/2018
Horário 12:05
José Reis, Para moradores, condições do dispositivo geram riscos de acidentes
José Reis, Para moradores, condições do dispositivo geram riscos de acidentes

Moradores do Jardim Itaipu, em Presidente Prudente, desaprovam as atuais condições de segurança e operação ofertadas por uma rotatória implantada na Avenida Comendador Alberto Bonfiglioli, que serve de acesso ao bairro. Segundo eles, o espaço onde o dispositivo foi inserido é insuficiente para comportá-lo, o que levou a administração a construí-lo muito próximo ao pátio de um posto de combustíveis. Com isso, muitos condutores de veículos acabam invadindo o local para fazer o seu trajeto, aumentando o risco de colisões e até mesmo atropelamentos, uma vez que o caminho é utilizado por pedestres.

A motorista e acompanhante Maria de Fátima Arantes Martins lamenta a decisão da Prefeitura em instalar ali uma rotatória, o que inviabilizou o acesso ao bairro pela Rua Carlos Alves, nas proximidades da Escola Estadual Professor Miguel Omar Barreto. Por conta disso, os habitantes do Itaipu precisam contornar todo o dispositivo para entrar ou sair da localidade ao invés de fazer um percurso mais rápido e seguro pela via onde está a escola. Ela conta que, em função da avenida “ser muito estreita”, os motoristas precisam atravessar o pátio do estabelecimento. “Já quase bati meu carro duas vezes”, aponta.

Para a dona de casa Lucineide Araújo Amaral, 48 anos, é preciso entender que o posto sempre funcionou naquele local, logo, a Prefeitura deveria ter planejado melhor a instalação de um dispositivo de trânsito no trecho. Ela conta que, nos primeiros dias de funcionamento da rotatória, o processo de adaptação quase acarretou diversos acidentes. No entanto, as pessoas têm ficado mais atentas quanto aos riscos que ali existem. A preocupação da moradora é com a possibilidade de algum carro desgovernado invadir o posto e ferir transeuntes. “É necessário que a Prefeitura reveja e estude melhor a rotatória”, sugere.

O empresário Teodoro Miranda, 38 anos, acredita que o dispositivo fornece uma “má dinâmica” para o fluxo de veículos e o resultado disso é que já foram registrados acidentes no perímetro. Na oportunidade em que presenciou um, afirma que chegou a comunicar uma equipe da Semav (Secretaria Municipal de Assuntos Viários e Cooperação em Segurança Pública) sobre o “erro” que foi a instalação da rotatória. Para ele, uma vez que não há muito o que ser feito agora, a pasta poderia estudar formas de intensificar a sinalização e reforçar a segurança da área. O aposentado José Carlos de Souza, 66 anos, por outro lado, argumenta que, embora os perigos existam, há a necessidade de que os condutores respeitem a legislação. “O trecho é bem sinalizado. Falta apenas mais consciência do condutor”, pontua.

 

Implantação de radar

A Semav informa que foi feito um estudo em que se verificou a necessidade da rotatória no local, sendo que a mesma foi implantada justamente para “conduzir o motorista com segurança” até o bairro. Quando não havia, o condutor tinha que parar no canteiro “sem segurança nenhuma”. O dispositivo eliminou, portanto, as conversões irregulares.

A respeito do que pode ser feito para otimizar a operação na via, a pasta comunica que futuramente implantará um radar de velocidade na altura do Ceforppe (Centro de Formação dos Profissionais da Educação de Presidente Prudente). “Como é um ponto de declive, o motorista acaba desrespeitando o limite de velocidade, que é de 60 quilômetros, e realiza a rotatória em alta velocidade, descumprindo a legislação de trânsito”, salienta.

 

Estrutura do bairro

Ano de implantação: 20/04/1977

Área de loteamento: 1.782.332,18 m²

Área verde: 9.307,87 m²

Área do sistema viário: 41.511,21 m²

Quadras: 18

Construções: 398

Terrenos baldios: 54

População estimada: Cerca de 2 mil pessoas

Fonte: Secom

 

SERVIÇO

A população pode promover suas reclamações, críticas e elogios sobre o bairro em que reside. O contato deve ser feito com os profissionais da Pauta, por meio do [email protected], do telefone 2104-3732 ou do WhatsApp 99104-8537.

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