Porque fazer Engenharia Civil em 2024?

OPINIÃO - Roberto Ito

Data 17/11/2023
Horário 05:00

Nossa vida é cíclica. O país é cíclico. O mundo é cíclico. Engenharia civil não é diferente, passa por altos e baixos, naturalmente. Estamos vivendo o tão esperado “mundo novo”, pós-pandemia. Não deveria nos causar surpresa esses novos tempos que virão, novos ajustes, nova realidade.
O Brasil ingressou com novas diretrizes de poder em 2023, fruto da mudança de paradigmas do governo federal. Junto com esse ciclo de mudanças, vem a busca por resultados, na economia, na vida das pessoas. Um governo que pretende apresentar bons resultados em empregabilidade, crescimento econômico, empoderamento da sociedade, sabe que, o caminho do sucesso passa inevitavelmente pela construção civil.
O setor da construção civil é o que primeiro entra em recessão, e o primeiro a sair, por uma característica bastante própria: o emprego maciço de mão de obra. Em especial, essa mão de obra não possui nada de especial... deixe-me explicar isso. Em geral, ela é composta por pessoas sem qualificação, em geral jovens, que possuem no máximo o ensino médio.
Segundo os últimos dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), nossa taxa de desemprego (2º trimestre 2023) está na casa dos 8,0%, o que significa que 8,7 milhões de pessoas estão em busca de colocação no mercado de trabalho. Onde alocar esses recursos rapidamente, gerando um ciclo virtuoso na economia? A resposta é simples... na construção civil!! Não pense, caro leitor, que estamos falando só de habitação... temos uma grande lição de casa por fazer: estradas, escolas, pontes, hospitais, e tantos outros projetos que dão suporte a um país. 
Nesta primeira fase, teremos que alocar essa grande massa de mão de obra o mais rápido possível, e aí, o governo federal buscará obras simples, com aplicação intensiva de trabalhadores. Num segundo momento, essa massa já terá melhores qualificações para ingresso no mercado de trabalho, buscando atividades com melhores remunerações. Como resolver esse paradigma? Nessa fase, a engenharia civil terá que sair do “artesanato” na execução de tarefas, e partir para a produção em “escala” de obras e projetos, tentando reduzir a mão de obra, e explorar melhor as matérias-primas e materiais. Quer seja na primeira fase ou num segundo momento, o engenheiro civil terá papel preponderante nesse rabisco de futuro que pretendi delinear.
    
 

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