Em 2015, diferentemente dos anos anteriores, Presidente Prudente não vai ter iluminação especial de Natal e o popular réveillon no Parque do Povo. A medida foi tomada pela Prefeitura e tem como objetivo reduzir gastos. De acordo com os representantes do órgão, para realização de ambas as ações, o Executivo teria que desembolsar cerca de R$ 350 mil, valor superior em R$ 30 mil em relação aos R$ 320 mil empregado nos eventos de 2014.
De acordo com o prefeito Milton Carlos de Mello, Tupã (PTB), a decisão foi adotada devido à atual situação econômica que o país passa e que obrigou as prefeituras a reduzirem despesas e priorizar serviços. Ele ressalta que é "nítido que 2016 será mais um ano de apertos", por isso, é necessário manter o planejamento consciente, com foco nas principais necessidades da população. "Os dois eventos foram instituídos em nossa gestão. Gostaríamos sim de realizar novamente, mas temos que manter os ‘pés no chão’", explica.
O chefe do Executivo informa ainda que os compromissos priorizados pela Prefeitura englobam manter em dia os pagamentos dos servidores públicos, fornecedores e os aposentados. Além disso, pontua as iniciativas e investimentos nas áreas de saúde e educação que devem ser mantidos. "São setores prioritários para qualquer gestão", acrescenta.
No ano passado, a Prefeitura colocou os enfeites e iluminação em vários pontos da cidade, abrangendo prédios públicos, rotatórias, Parque do Povo, entre outros espaços de Prudente. No que se refere à "Casa do Papai Noel", iniciativa firmada com o Fundo Social de Solidariedade e que é instalada no Parque do Povo, o prefeito ressalta que está mantida e a inauguração – com a chegada do "Bom Velhinho" - ocorre dia 18 deste mês.
Apoio
O responsável pela Setur (Secretaria Municipal de Turismo), Carlos Alberto da Silva Corrêa, Carlos Casagrande, pontua que a medida foi "bem analisada", e atende às necessidades do momento. Ele lembra que outras iniciativas e eventos foram cortados de outras secretarias, desta forma, "nada mais justo que a pasta de Turismo também colaborar".
Carlos Casagrande lembra a queda de arrecadação que, não só Prudente, mas prefeituras de outras cidades enfrentam, fato que contribui para as ações de economia e redução de gastos que são colocadas em prática nos órgãos. "Não falta vontade de fazer novamente os eventos, mas o momento dificulta os atos", cita.
Em 2014, o secretário diz que R$ 280 mil foram empregados na licitação para os enfeites e toda iluminação de Natal e outros R$ 40 mil para o show de fim de ano. Este ano, o representante diz que todos os preços subiram e, por isso, era certo que as despesas para realizar ambos os eventos também ficariam mais altas. "A intenção é manter a situação financeira da Prefeitura em dia, assim como está", atenta. Quanto ao carnaval em 2016, que também já é tradição na cidade, o gestor da Setur frisa que está mantido e integra o planejamento para o próximo ano.
Para a atendente Luciana Pereira, de 30 anos, a ideia de economizar "é boa", mas enfeitar a cidade já é uma tradição, por isso deveria ser mantido. "Deixa o município mais bonito", atenta. Sobre a festa de fim de ano, ela diz que, para ela, não tem diferença a não realização, mas sabe que é uma opção de lazer e diversão para muitas prudentino. "Um evento que várias pessoas participavam", lembra.
