Preço médio da gasolina em Prudente sobe R$ 0,14; etanol e diesel caem  

Valor médio do etanol é de R$ 3,44, baixa de R$ 0,03; para o diesel, a queda no valor médio por litro é de R$ 0,14: de R$ 6,38 na pesquisa do último mês de 2022 para R$ 6,24 

PRUDENTE - CAIO GERVAZONI

Data 31/01/2023
Horário 15:51
Foto: Tomaz Silva/ABr
Em Prudente, preço médio da gasolina está em R$ 4,99; do etanol em R$ 3,44 e do diesel comum em R$ 6,24
Em Prudente, preço médio da gasolina está em R$ 4,99; do etanol em R$ 3,44 e do diesel comum em R$ 6,24

O preço médio da gasolina em Presidente Prudente voltou a subir em relação à pesquisa do dia 16 de dezembro do ano passado realizada pela reportagem de O Imparcial junto a seis postos de combustíveis no município. O atual valor médio da gasolina ofertado nas bombas é de R$ 4,99: R$ 0,14 mais caro do que em relação a dezembro de 2022, quando o preço era de R$ 4,85 na média. 
No entanto, a alta não é registrada nos valores médios do etanol e do diesel comum. Para o combustível à base de álcool houve queda de R$ 0,03 em relação ao último levantamento. O preço médio do etanol em Prudente é de R$ 3,44; em dezembro, era de R$ 3,47. Para o diesel, a baixa no valor médio por litro é de R$ 0,14: de R$ 6,38 na pesquisa do último mês de 2022 para R$ 6,24 atualmente.   
Vale lembrar que, na última quarta-feira, a Petrobras aumentou o preço médio de venda da gasolina para as distribuidoras, de R$ 3,08 para R$ 3,31 por litro. Em nota, a companhia justificou que “busca o equilíbrio dos seus preços com o mercado, mas sem o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações e da taxa de câmbio”. 
Confira na tabela abaixo o comparativo dos valores praticados em 16 de dezembro do ano passado e 30 de janeiro deste ano:

PREÇOS NAS BOMBAS

 

16 de dezembro de 2022

30 de janeiro de 2023

Estabelecimentos

Gasolina (R$)

Etanol (R$)

Diesel (R$)

Gasolina (R$)

Etanol (R$)

Diesel (R$)

A

*

3,49

*

5,17

3,57

*

B

4,89

3,39

6,39

4,93

3,42

6,13

C

4,89

3,49

6,39

5,17

3,59

6,44

D

4,69

3,39

6,14

4,59

3,09

5,89

E

4,89

3,49

6,49

4,99

3,49

6,29

F

4,89

3,59

6,49

5,09

3,49

6,49

Valor médio

4,85

3,47

6,38

4,99

3,44

6,24

Fonte: Consulta aos postos de combustíveis

Análise do especialista

Para o professor de Economia da Unoeste (Universidade do Oeste Paulista) e da Fatec (Faculdade de Tecnologia do Estado de São Paulo), Alexandre Bertoncello, é possível observar dois movimentos em relação ao cenário de volatilidade de preços dos combustíveis.
 “O primeiro a gente volta para o começo do ano, quando houve um burburinho de que os impostos federais seriam retomados e depois eles não voltaram. Muitos postos subiram [os preços dos combustíveis] naquele momento”, relata Bertoncello. “E como é um mercado oligopolizado e, de alguma maneira - com uma demanda inelástica, pois todos precisam consumir combustível - este valor subiu de elevador e foi gradativamente descendo de escada. Então, existia alguma margem ali”, explica o especialista. 
Segundo Bertoncello, neste primeiro movimento, a gordura foi queimada diante do sobe e desce dos preços. “Existia uma margem ali. Agora que as refinarias colocaram este valor a mais, numa média de 7%, os preços reajustaram um pouco, mas abaixo dos 7%”, pontua. 

O segundo movimento, de acordo com o professor de Economia, está relacionado ao contexto chinês e à política de preços da Petrobras. “Se realmente a China reabrir e parar com a política de lockdowns por conta da Covid vai haver uma demanda maior por petróleo e o barril de petróleo nos próximos seis meses chegar a U$ 100. Se isso acontecer e a Petrobras mantiver a mesma política de preços, a gasolina sobe”, relata Bertoncello sobre o cenário da China e a atual política preços de paridade internacional da Petrobras. 
“O que a gente vem observando é uma conversa para se mudar a forma de aumento da gasolina, que seria um outro cálculo e não a paridade internacional”, especula o professor. Segundo ele, se isso realmente vier a acontecer, é possível prever que haverá uma estabilidade no preço do combustível e do controle da inflação, porém, com diminuição dos importadores dos combustíveis, o que, segundo ele, acarretaria uma desvalorização da estatal na bolsa de valores.

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