Preço médio da gasolina tem alta de 12,2% em Prudente

Em contrapartida, em 13 meses, valor médio do litro do etanol ofertado nos postos de combustíveis caiu 6,97%, assim como do diesel, que reduziu 3,52%

PRUDENTE - MELLINA DOMINATO

Data 23/02/2024
Horário 05:55
Foto: Freepik
Gasolina foi encontrada entre R$ 5,99 e R$ 4,85, o litro, uma variação de R$ 1,14
Gasolina foi encontrada entre R$ 5,99 e R$ 4,85, o litro, uma variação de R$ 1,14

O preço médio da gasolina, em Presidente Prudente, registrou aumento de 12,2%, de janeiro de 2023 para esta quinta-feira, passando de R$ 4,99 para R$ 5,60, mesma marca registrada para todo o Estado de São Paulo, pelo portal eletrônico da Petrobras, na semana de 11 a 17 deste mês, última coleta feita pela empresa. Em contrapartida, na capital do oeste paulista, em 13 meses, o valor médio do litro do etanol ofertado nos postos de combustíveis da cidade caiu 6,97%, saltando de R$ 3,44 para R$ 3,20. O mesmo ocorreu com o diesel, com redução de 3,52% nos preços médios apontados nas bombas, de R$ 6,24 para R$ 6,02. 

Em seis postos de combustíveis consultados pela reportagem, o valor mais alto encontrado para a gasolina foi de R$ 5,99, enquanto o menor foi e R$ 4,85, uma variação de R$ 1,14 de um estabelecimento para outro. Já em relação ao etanol, o litro mais caro estava em R$ 3,39 e o mais barato, em R$ 2,94, diferença de R$ 0,45. Quanto ao diesel, os preços variaram em R$ 0,75, entre R$ 6,19 e R$ 5,44.

O economista Adriano Machado Santos afirma que o aumento da gasolina se deve à reoneração dos tributos, principalmente, os estaduais, no caso, o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços). “O imposto veio reonerando desde o final do ano passado e, em fevereiro, houve mais uma etapa da reoneração, porque ele foi desonerado pelo governo anterior e agora ele voltou a ser incluído. Então, esse é um fator que faz aumentar o preço”, argumenta.

Quanto à queda constada em Prudente no preço do diesel, o especialista pontua que se trata de um movimento conjuntural, que é justamente o ajuste na refinaria. “A Petrobras reduziu o preço de acordo com sua política interna, uma estratégia própria. Por outro lado, a gasolina sofre o aumento do valor do barril do petróleo. Mas, a Petrobras decidiu por não aumentar ainda o preço da gasolina para proteger o mercado de volatilidade”, frisa.

Já em relação à redução do preço do litro do etanol nas bombas, considera se tratar de um caso pontual do município, neste momento. “Numa banda do país ele aumentou, em outra reduziu o valor. Inclusive, na média do Estado de São Paulo, aumentou o preço. Então, esse apontamento capturado para a situação de Prudente, provavelmente, é decorrente de algum momento pontual em relação a estoque, preço de compra e negociação direta dos postos. Essa queda do etanol é uma questão bem localizada na cidade, não é influenciada por nenhum fator conjuntural”, ressalta.

Sem novas altas

Questionado sobre a possibilidade de novas altas nos preços dos combustíveis, o economista declara que, a princípio, não há nenhum indício de elevação expressiva à vista. “A ideia é que, desse ponto para frente, os preços fiquem relativamente estáveis. Temos que ficar atentos ao preço do barril do petróleo, pois se ele aumentar muito, aí a tendência é que a gasolina e o diesel voltem a subir. Mas, não é uma previsão que se tem a médio e curto prazo, somente se tiver algum evento muito grandioso, externo, que isso possa vir a acontecer”, declara. “Quanto aos impostos, já foram reonerados, então não haverá esse impacto. Em relação ao etanol, isso dependerá de problemas com a safra ou produção. Se o açúcar estiver mais interessante de ser produzido do que o próprio etanol, que são produções concorrentes na indústria, aí sim podemos ver um aumento de preço deste combustível”, complementa.

Dicas de economia

Adriano garante que algumas medidas podem ajudar o bolso no que diz respeito aos gastos relacionados aos combustíveis. “A dica é fazer o uso racional, em um modelo de direção mais econômico, mais pautado na eficiência, sem altas velocidades, sem grandes acelerações. Que se opte não pela velocidade ou pelo tempo mais curto de chegada, mas, sim, pela maior eficiência e linearidade de utilização do motor. Trabalhar com rotações baixas do motor, com freadas e, principalmente, acelerações não bruscas, mas graduais”, enfatiza. “Pensar de forma planejada no trajeto, evitar trânsito, porque o veículo parado gasta mais do que em um trajeto que ele ande um pouco mais, mas está em movimento, assim como trabalhar com a marchar reduzida, o que ajuda a economizar no combustível. Essa é a ideia. Planejar o orçamento familiar, para que o impacto seja o menor, e trabalhar a questão de roteiro e de condução mais eficiente”, recomenda.

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Economista: “Dica é fazer o uso racional, em um modelo de direção mais econômico”

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