O Astrogildo, que não era nenhum astro, tinha fama de mulherengo e, prova disso, é que até recentemente ele tinha três namoradas. E mantinha as três na rédea curta. Enfim, sob controle. Cabra pegador, diria o Bernardão.
E não é que ele decidiu juntar os trapos com uma delas? Dúvida cruel: com qual deveria se casar? Qual seria a mulher escolhida para ser sua esposa?
Pensou mais do que cientista maluco ou mais do que certo ministro da Economia, quando fazia maldades contra o povo por meio de medidas que aumentavam a inflação, ou carestia, como diziam os antigos.
Cheio de dúvidas, Astrogildo resolveu fazer um teste para saber qual delas estava mais apta para ser sua mulher. Ele sacou R$ 15 mil do banco e deu R$ 5 mil para cada uma. E recomendou: "Gastem com o que quiserem".
A primeira mulher foi a um shopping center e comprou joias e roupas. Depois, ela deu "um tapa" no visual, ou seja, foi tentar ser mais bonita num salão de beleza. Em seguida, justificou: "Gastei todo o seu dinheiro com compras e para ficar mais bonita para você, para lhe agradar", disse a mulher para o Astrô, como o sujeito era conhecido. "Tudo isso porque te amo", arrematou a pretendente.
E o que fez a segunda mulher, cronista cara-pálida? Ah, meus irmãos e minhas irmãs: ela também foi ao mesmo shopping e meteu (epa!)a mão no bolso.
Madame comprou uma tevê plana, CD player e até material esportivo, como tacos de golfe e tênis. Ao encontrar Astrô, a senhorinha explicou: "Gastei todo o seu dinheiro para te deixar feliz, tudo isso porque amo você".
Por fim, a terceira pretendente ao "cargo" de esposa. Ela aplicou o dinheiro em ações. Em três dias duplicou o investimento. A mulher devolveu os R$ 5 mil a Astrogildo. "Apliquei o seu dinheiro e ganhei o meu. Agora, posso fazer o quiser com o meu dinheiro", explicou, emendando a frase padrão das outras duas: "Tudo isso porque eu te amo".
Astrogildo endoidou de vez. Isso porque pensou, pensou e continuou pensando, coisa de doido. Ele ficou quase um mês pensando. Sempre pensando. Por fim, o conquistador tomou uma decisão. Ele escolheu a mulher que tinha - Oh, céus, como direi?- enfim, optou pela madame que tinha as maiores nádegas.
Claro que ele não disse nádegas, mas ficou provado que o homem brasileiro é chegado na mulherada que tem, digamos, uma grande "poupança" atrás e, talvez, no banco. Questão de preferência nacional, como demonstrou uma pesquisa.
DROPS
Usava máscara contra a Covid até nos braços. É que ele também falava pelos cotovelos.
Casamento: o que Deus uniu o bafo de onça não separe.
O mar não está pra peixe. O Rio Santo Anastácio também não.
Ter ou não ter, eis a questão.
(desculpe, Shakespeare)