Professores anunciam paralisação na 2ª-feira

 

Os professores da rede municipal de ensino de Presidente Prudente anunciaram paralisação de suas atividades na segunda-feira. Os docentes divulgaram uma nota de esclarecimento aos pais dos alunos, por meio do Sintrapp (Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Presidente Prudente e região), informando que neste ano atos administrativos reduziram os salários dos profissionais.

A categoria diz que perderá quatro meses de carga suplementar de seus vencimentos, além do fato do município "não cumprir" a jornada de trabalho prevista em lei. "Como se não bastasse, não estão sendo realizados pagamentos da progressão funcional a qual temos direito", esclarece em nota.

De acordo com a presidente da entidade sindical, Ana Lúcia de Mattos Flores, na folha de pagamento deste mês os funcionários tiveram a surpresa de encontrar o salário abaixo do normal, "por conta de um desconto indevido, de um provento que mudou a nomenclatura e ocasionou o abatimento".

"A realidade que estamos vivendo é bem diferente da que o servidor público está acostumado. São várias ameaças aos direitos dos professores. Estamos escutando falas da Secretaria de Educação, que cogita a ideia de cortar o vale-alimentação, caso a pessoa venha a adoecer. Os servidores temem por isso. São inúmeras situações que podem até mesmo indicar a prática de assédio moral", completa Ana Lúcia.

Receosos, pleiteando os direitos e indicando que isso não pode ocorrer novamente, um manifesto será realizado na sede da Seduc (Secretaria Municipal de Educação), com indicativo de greve. A presidente do sindicato esclarece que "o extremo é necessário, pois já houve uma tentativa de diálogo com a administração municipal, sem sucesso".


Equívoco corrigido


A Secad (Secretaria Municipal de Administração) reconheceu o equívoco no holerite e informou que corrigirá com o depósito do pagamento do abono, no próximo dia 10. Já a Seduc (Secretaria Municipal de Educação) garante que tem como principal missão garantir o direito constitucional à educação, o que a levou a oficializar junto à Sejur (Secretaria Municipal de Assuntos Jurídicos e Legislativos) um pedido para que esse direito não seja retirado dos alunos da rede municipal.

"O governo de Prudente não medirá esforços para que as crianças não fiquem privadas do acesso às escolas do município. É válido ressaltar que, neste mês, a Prefeitura concedeu reajuste de 7% a todos os servidores, além de aumentar o abono mensal de R$ 50 para R$ 200", declara a pasta. A Seduc reafirma que nenhum direito será retirado dos servidores, e que a administração sempre esteve aberta a receber e discutir as reivindicações das diversas categorias. Sobre as informações do possível corte ao vale-alimentação para profissionais afastados por licença, declara que "não passa de boato" e não será acatada pela administração.
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