Saci-pererê, mula sem cabeça e bumba meu boi entram em cena hoje ao lado de outras dezenas de lendas em comemoração ao Dia do Folclore Nacional. E para manter vivo os versos de cada história, a FCT/Unesp (Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Estadual Paulista) em parceria com o Cellij (Centro de Estudos em Leitura e Literatura Infantil e Juvenil) e o Cemaarq (Centro de Museologia Antropologia e Arqueologia) trazem, em mais um ano, uma programação especial para o tema. As exposições, contação de histórias e atividades recreativas se estendem até o dia 24 de agosto na instituição. A participação é aberta para escolas públicas e particulares de ensino infantil, fundamental e médio de Presidente Prudente além da sociedade em geral.
Nikele Maiara Milani, assistente de suporte acadêmico do Centro de Museologia e responsável por recepcionar as escolas. Segundo ela, a “Semana do Folclore” tem o objetivo de evitar que a cultura brasileira morra. Por isso, tem o dever de aproximar as pessoas de histórias que, conforme a mesma, estão se perdendo com o tempo.
“Principalmente as crianças, precisamos apresentar essas histórias, quando elas chegam aqui damos uma volta pelo espaço e contamos um pouco sobre o que é e o que representa o folclore, já estou aqui há cinco anos e isso já é uma tradição”, explica.
Programação especial
Entre as opções disponíveis para os participantes, haverá três exposições. A primeira traz materiais indígenas em peças de artesanatos contemporâneos como armas, cestarias, instrumentos musicais como flautas e apitos e também adornos em geral produzidos a mão como pulseiras e cocares. Além disso, trará peças de pedras lascadas e polidas confeccionadas por populações pré-históricas da região, resultado de pesquisas arqueológicas do Cemaarq nos arredores de Prudente.
Já as outras duas mostras “Cerâmica Marajoara e Santarém” e “Paleontologia” trarão, respectivamente, peças de cerâmica que replicam a época de Marajoara e fósseis animais e vegetais. “Além das exposições, serão desenvolvidas atividades como brincadeiras de corda, amarelinha, peão, peteca, trava línguas, adivinhações, pinturas e troca de ditados populares”, informa a assessoria do evento.
Instigando a fantasia
O Cellij é o responsável por toda a parte de contação de histórias da semana. Marisa Oliveira Vicente é pedagoga do local há dois anos e adianta que prepararam três “lindas lendas” para serem contadas. “Temos a lenda da Mani que conta a origem da mandioca segundo os indígenas, trazemos também o conto ‘Festa no Céu’ que já é tradicional, outra história chamada ‘Lenda da Água e do Sol’ que conta os motivos do céu estar onde está hoje, pois, de acordo com a lenda, antigamente ele era baixinho. Isso mexe muito com o imaginário e com a criatividade dos pequenos”, frisa.
Sobre a iniciativa, segundo Marisa, participar é uma responsabilidade. “O trabalho com a comunidade, a valorização da cultura nacional, é importante tanto para o Cemaarq e para o Cellij, é uma forma de preservar a imaginação”, expõe.
Serviço
A programação segue até o dia 24 de agosto aberta para escolas e visitantes. Os agendamentos de horários podem ser realizados pelo número (18) 3229-5327. As atividades e exposições estão no Cemaarq, Já a contação de histórias é realizada na sede do Cellij. Ambos os prédios ficam no perímetro da FCT/Unesp de Presidente Prudente localizada na Rua Roberto Simonsen, 305 – Centro Educacional.
