Prudente contabiliza 15 casos de mão-pé-boca

Síndrome ocorre em crianças de até cinco anos, com febre, bolhas em mãos, pés e boca, além de lesões avermelhadas pelo corpo

Cedida - Alguns dos sintomas são bolhas em mãos, pés e bocas, além de lesões avermelhadas
Cedida - Alguns dos sintomas são bolhas em mãos, pés e bocas, além de lesões avermelhadas

O tempo seco e baixa umidade vêm contribuindo para a proliferação e circulação de vírus, que acabam permanecendo mais tempo no ar. Um exemplo disso é o aumento de casos de síndrome mão-pé-boca, na maioria dos casos, causados pelos Coxsackievirus A16, que acaba fragilizando crianças do período da primeira infância, de até cinco anos. Só no fim de junho, ocorreram nove casos da doença em uma escola do distrito de Eneida, em Presidente Prudente. Além disso, neste mês foram contabilizados seis casos na UBS (Unidade Básica de Saúde) Jardim Santana, na cidade.

Segundo o infectologista André Luiz Pirajá da Silva, os sintomas da síndrome no quadro inicial são dores no corpo, febre e irritabilidade da criança. “Após este primeiro momento, começam a surgir as evoluções, como bolhas na boca, palmas das mãos e pontas dos pés, assim como lesões avermelhadas pelo corpo, que podem durar de 5 a 12 dias”, relata.

André explica que os tratamentos são somente sintomáticos, para tratar a dor e a febre. “Além disso, é importante o repouso da criança”, explica. Segundo o Ministério da Saúde, a fase de maior contágio é durante a primeira semana da doença. No entanto, mesmo após a cura, a criança ainda pode eliminar o vírus nas fezes, mantendo o risco de contagio durante dias ou até semanas depois dos sintomas terem desaparecido.

O filho de 1 ano e quatro meses da dona de casa Daniela Fernanda Vruck Tomba, 33 anos, adquiriu a síndrome recentemente. A mãe diz que o quadro começou com muita febre e sintomas de garganta inflamada. “No começo, quando o levamos ao médico, ninguém sabia o que era. Depois, quando apareceram as bolinhas pelo corpo, conseguimos saber que era a mão-pé-boca”, afirma. Daniela diz que a síndrome deixou o filho bem debilitado. “Ele ficou bem enjoadinho e comendo pouco. Na medida do possível ele está reagindo bem, mas é muito sofrimento”, relata.

SAIBA MAIS

A síndrome mão-pé-boca ocorre geralmente em crianças de até cinco anos, mas também pode acometer adultos. Estes não desenvolvem sintomas, mas podem se tornar transmissores assintomáticos. Ainda não há vacina para a doença. Quem teve uma vez pode ser vítima novamente, pois há diversos tipos de sorotipos deste vírus e a imunidade que se desenvolveu para um pode não servir para outro.

COMO OCORRE A TRANSMISSÃO?

- Beijar alguém infectado;

- Ter contato com secreções respiratórias, geralmente através da tosse ou espirro;

- Beber água contaminada;

- Apertar a mão de alguém contaminado;

- Ingerir alimentos preparados por alguém infectado, que não tenha feito a higienização adequada das mãos;

- Contato com roupas contaminadas;

- Contato com brinquedos ou objetos que possam ter sido contaminados por mãos sujas;

- Trocar fralda de crianças contaminadas.

Fonte: Ministério da Saúde.

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