Presidente Prudente registrou o primeiro caso de leishmaniose visceral em seres humanos neste ano. A vítima, segundo Elaine Bertacco, supervisora da VEM (Vigilância Epidemiológica Municipal), é um homem de 31 anos residente do Jardim Estoril, zona norte do município. De acordo com ela, os primeiros sinais do contágio surgiram em maio deste ano, todavia, o diagnóstico só foi confirmado ontem pelo órgão. Conforme explica, o caso se soma a um histórico de outros seis que Prudente registra desde 2013 – sendo dois em 2017. Destes, dois foram a óbito. A área era a única – de um total de sete – que ainda não havia apresentado casos em seres humanos. Com isso, Elaine explica que a doença está “espalhada por todo perímetro urbano”. Neste ano, foram 231 animais infectados até novembro, enquanto no ano passado foram 472.
De acordo com Elaine, a VEM, em parceria com demais pastas do poder público, está iniciando as ações de investigação na região do bairro. Conforme explica, primeiro será feito um manejo ambiental visando a limpeza de espaços públicos e residências que possuam qualquer resíduo de matéria orgânica. “O mosquito-palha [vetor da doença] se prolifera em locais em decomposição, lixo acumulado, restos de comida, folhas secas, então, antes de tudo, vamos cuidar para que a área seja limpa”, explica. Após isso, a supervisora adianta que serão feitas visitas nas casas, a fim de orientar sobre a prevenção e os riscos da doença.
Quanto às praças públicas que recebem a maior parte de lixo urbano e folhas de árvores, Elaine revela que medidas já estão sendo tomadas para a limpeza por meio de órgãos competentes. “Mas é preciso que a população tenha consciência de que não é só o poder público, e sim uma união, cada um tem que fazer sua parte no combate à doença”, expõe.
Histórico e sinais
De acordo com Elaine, com esse, Prudente chega a sete casos de leishmaniose em humanos, sendo o primeiro registrado em 2013. “Nesse tempo tivemos dois óbitos, um em 2016 e outro no ano passado. O vetor da leishmaniose está na cidade desde 2009, temos cachorros infectados, é uma doença séria, falta comprometimento dos moradores na prevenção”, frisa.
Ainda segundo a supervisora, os primeiros sinais de contágio em humanos são: febre alta e prolongada, fraqueza, perda de peso em períodos curtos de tempo e inchaço de órgãos, como o baço. “Logo que isso for constatado deve ser procurado um médico, em hipótese alguma se automedicar”, ressalta.
Prevenção
Elaine orienta ao prudentinos que possuem animais domésticos a estarem sempre limpando o quintal, recolhendo fezes e evitar acúmulo de restos de comida. Além disso, não recomenda a criação de galinhas no perímetro urbano, já que as mesmas são “chamativas” para o mosquito-palha. “Elas possuem a temperatura do sangue de 42 graus, se tornam fonte de alimento desejada pelo vetor”, relata.
ORIENTAÇÕES
- Evitar o acúmulo de folhas secas e lixo no quintal;
- Recolher fezes de animais domésticos;
- Não ter criadouro de galinhas;
- Ficar atento aos sinais do organismo.
Fonte: Elaine Bertacco, supervisora da VEM
