Prudentino reclama de violação em túmulo da família em Rancharia

No Dia de Finados, o médico Arnaldo Contini Franco foi visitar parentes que moram na cidade e levar flores aos entes sepultados no local, quando notou a ausência de peças no jazigo

REGIÃO - DA REDAÇÃO

Data 09/11/2023
Horário 06:10
Foto: Cedida
Placas do túmulo dos familiares do médico e vaso de bronze foram furtados
Placas do túmulo dos familiares do médico e vaso de bronze foram furtados

O médico Arnaldo Contini Franco, 70 anos, entrou em contato com O Imparcial para expor sua indignação após visita ao Cemitério Municipal de Rancharia no Dia de Finados, e encontrar, entre outros, o túmulo da família violado. “Eu fiquei desolado, horrorizado. Levei flores para homenagear meus entes queridos e vejo que o túmulo onde estão meus pais e avós foi infringido”, expõe indignado o médico. 

Segundo ele, arrancaram a placa com os nomes de seus familiares e um vaso de bronze. Além de já terem furtado o porta-vela, feito da mesma peça do granito, que ficava na frente do túmulo. Uma das argolas já está solta porque tentaram tirar, mas não conseguiram. 

De acordo com Arnaldo, o comentário na cidade é de que pessoas levam esses itens, que são de bronze, para poder vender e utilizar o dinheiro para o uso de drogas. E “ninguém toma providência” para melhorar a segurança do local que não tem muro, nem guarda noturno, os portões laterais são utilizados pelas pessoas para cortar caminho, entre outras irregularidades.  

“Passa uma administração, entra outra, e esse problema não é sanado. O local só recebe reformas quando é época de finados. A gente percebe que é um dos piores cemitérios em conservação da região. Temos exemplos de alguns que funcionam tão bem, são muito organizados, bem cuidados. E o de Rancharia está assim, a desejar há tanto tempo”, salienta o médico.

Arnaldo comenta que já se deparou certa vez com uma criança soltando pipa no interior do cemitério. Obviamente ele achou estranho. E foi conversar com a mãe do menino. “Falei: ‘escuta, mas aqui é lugar de soltar pipa? Aqui dentro é um lugar sagrado que tem que ser preservado’. E a mãe achou ruim comigo e respondeu que era o melhor lugar para soltar a pipa, porque não tem fios de energia”, lembra o prudentino, que tem familiares que residem na cidade. 

Posicionamento do poder público

Procurada, a Prefeitura informou não ter conhecimento dessas violações e sobre a questão da conservação regular do cemitério, que é feita pela Secretaria de Manutenção e Serviços Gerais, afirma não proceder essa reclamação. “Pode se tratar de um caso isolado, pois não temos recebido reclamações referentes a esse tipo de violação. A Prefeitura faz a manutenção constante, inclusive, o Cemitério São João Batista [novo]  está com uma obra de pavimentação em lajotas, para melhorar as condições de trafegabilidade, obra essa amplamente divulgada”, expõe o governo em nota.

A informação dessa obra está, inclusive, no site da Prefeitura, onde diz que no total são 4.991,07 metros quadrados de pavimentação e um investimento de R$ 519.315,66, sendo R$ 200 mil de repasse do governo estadual (prêmio ‘Parcerias Municipais’ recebido pela administração municipal) e R$ 319.315,66 de recursos próprios da Prefeitura.

Fotos: Cedidas

Placas do túmulo dos familiares do médico e vaso de bronze foram furtados

Equipe trabalha na obra de pavimentação em lajotas do Cemitério São João Batista

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