Ficar somente uma noite sem dormir já é prejudicial. Para idosos, com processo de envelhecimento, com os dias às vezes sendo preenchidos por cochilos, podem passar as noites longas em claro, trocadas pelo dia. Várias noites sem um bom sono reparador trarão graves consequências físicas e mentais.
É importante a identificação de quadros de insônia e algumas atitudes podem resolver boa parte deles:
1- Durma várias noites na casa do seu parente idoso. Observe se há roncos leves ou intensos, episódios de apneia do sono, se despertam durante a noite para beberem, comerem ou irem ao banheiro e o tempo que efetivamente eles dormiram. Anote estes dados. Esta noite de sono, para você, será como se estivesse um plantão, ou seja, você precisa estar descansado e acordado.
2- Uma segunda atitude sua será agendar urgentemente uma consulta médica com clínico geral ou mesmo um especialista - otorrinolaringologista, geriatra ou neurologista - que poderá identificar na história e exame físico do idoso um possível diagnóstico.
3- Acompanhe-os para realização de exames: de sangue, como provas de funções tireoidianas, renais ou reumáticas, ou exames de imagem, como eletrocardiograma, eletroencefalograma e tomografias. Adeque seu horário e tenha muita paciência para não os estressar, visto que poderão ter que fazer várias saídas de casa e aguardar longas esperas em clínicas ou laboratórios, o que os tira do melhor lugar que é seu lar.
4- Finalmente, a polissonografia será solicitada, é o exame padrão indicado para avaliar possíveis alterações das fases do sono. O exame é composto de testes multiparamétricos como as ondas cerebrais, variações fisiológicas que ocorrem durante o sono como respiração, batimentos cardíacos, os movimentos dos olhos e os movimentos do corpo, que são gravados enquanto o paciente dorme.
Estes quatro passos são fundamentais para um diagnóstico laboratorial de insônia. Então, vale esforço em ajudá-los. A falta de sono reparador diminui muito a qualidade de vida, não deixe para depois!
