A Diretoria Regional do Ciesp/Fiesp (Centro e Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) em Presidente Prudente encerrou maio com aproximadamente 250 novos postos de trabalho, conforme dados sobre o nível de emprego industrial divulgados ontem. Com uma variação positiva em 0,50%, a região teve o quarto melhor indicador do Estado, atrás apenas das diretorias regionais de Santa Bárbara d’Oeste (2,6%); Matão (1,35%) e Sertãozinho (1,33%).
Para Sintracom, setor da construção civil está estabilizado, sinalizando para aquecimento
No acumulado do ano, no entanto, a variação é negativa (0,09%), com uma perda de aproximadamente 50 postos de trabalho, e nos últimos 12 meses, a variação é de -5,51%, e a queda de 2.850 empregos. Para o diretor regional do Ciesp/Fiesp, Wadir Olivetti Júnior, como os dois meses anteriores a maio apresentaram variações positivas em relação aos postos de trabalho, 1,90% em abril e 0,19 em março, o panorama indica que os segmentos estão apresentando melhoras, gerando empregos e renda, o que auxilia na retomada da economia regional. De acordo com Olivetti, a tendência é de que para os próximos meses o indicador se mantenha positivo.
Setores
O nível de emprego industrial na região, em maio, foi influenciado pelas variações positivas dos setores de produtos de minerais não metálicos (12,00%); coque, petróleo e biocombustíveis (2,32%); e confecção de artigos do vestuário e acessórios (1,09%). Conforme o diretor regional do Ciesp/Fiesp, a variação do primeiro setor está relacionada a um aumento nas contratações pela construção civil e a variação do segundo setor, às usinas sucroalcooleiras da região. "Já quanto à confecção de artigos do vestuário, com a compra de roupas para o inverno pelas lojas que estão renovando seus estoques, há um fomento nesse setor da indústria", pontua.
O presidente do Sintracom (Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de Presidente Prudente), Lucrécio de Alencar Castelo Branco, por sua vez, esclarece o que ocorreu, na verdade, foi uma interrupção das demissões que vinham ocorrendo no setor desde o começo do ano. "Nós conseguimos controlar mais o número de desligamentos do que de contratações, mas sabemos que recentemente o balcão de emprego estava solicitando a contratação de 20 carpinteiros, por exemplo", explica. O sindicalista expõe ainda que o setor da construção civil está estabilizado, sinalizando para um aquecimento.
Já o presidente do Sindetanol (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas, Farmacêuticas e Fabricação de Álcool, Etanol, Bioetanol e Biocombustível de Prudente e Região), Milton Videiro Sobral, afirma que as contratações promovidas pelas usinas sucroalcooleiras estão relacionadas à safra da cana-de-açúcar, de modo que não indicam uma "recuperação nos postos de trabalho, mas um fator sazonal". Conforme Sobral, apesar do aumento no consumo do etanol, a demanda ainda não foi suficiente para recuperar o setor.