Região tem 6,54 homicídios por 100 mil habitantes

PRUDENTE - Jean Ramalho

Data 10/05/2016
Horário 11:40
Entre abril de 2015 e março deste ano, a região de Presidente Prudente registrou a incidência de 6,54 homicídios dolosos - quando há intenção de matar - para cada 100 mil habitantes. Os números colocam a área de abrangência do Deinter-8 (Departamento de Polícia Judiciária de São Paulo Interior - 8) e do CPI-8 (Comando de Policiamento do Interior - 8) entre as mais seguras do Estado, com a segunda menor taxa deste tipo de crime. Atrás apenas da região de São José do Rio Preto, que contabilizou 5,20 homicídios dolosos a cada 100 mil habitantes.

Os dados foram divulgados pela SSP (Secretaria de Segurança Pública) do Estado de São Paulo, por meio do portal de informações do órgão, lançado ontem, que disponibiliza o acesso a mais de 120 mil dados sobre criminalidade. Conforme o balanço das taxas de ocorrência e vítimas de homicídios dolosos, a região de Prudente está entre a menos violenta do Estado. De abril de 2015 a março deste ano, houve uma incidência de 6,19 ocorrências em um cenário de 100 mil pessoas.

Com isso, os números apontam uma diferença de 0,35 entre as taxas de ocorrências e de vítima, que somou 6,54 indivíduos mortos nesta modalidade de crime a cada 100 mil habitantes. Em todo o acumulado de 2015, a situação da região foi um pouco pior. A taxa de ocorrência ficou em 6,91 casos, enquanto as vítimas foram 7,15 a cada 100 mil pessoas.

A série apresentada pela SSP aborda dados criminais catalogados desde 2001. Neste contexto, a região de Prudente teve seu pior índice de vítimas em 2005, com 10,89 mortos em um cenário de 100 mil habitantes. Em 2003 também foram registrados s casos violentos na região, com a taxa de 10,15 ocorrências, além de 10,39 homicídios dolosos a cada 100 mil pessoas.

 

Força conjunta


Em todo o Estado, a incidência de vítimas por homicídio doloso para cada 100 mil moradores foi de 8,73 entre abril do ano passado e março de 2016. Por sua vez, as ocorrências contabilizaram 8,30. Em todas as cidades do interior, as vítimas fatais provenientes deste tipo de crime foram 8,31 por 100 mil pessoas. Já as ocorrências foram 8,02.

De acordo com o Deinter-8, os baixos índices apresentados pela região se dão, sobretudo, em virtude do protocolo de atendimento integrado entre as polícias Civil, Militar e Técnico Científica, que "trabalham integradas no monitoramento permanente das ocorrências policiais". Segundo o órgão, este expediente em conjunto "objetiva a rápida resposta pela Polícia Judiciária, por meio da prisão em flagrante, temporária ou preventiva".

Com esta troca de informações entre as inteligências policiais e na realização de operações, o órgão afirma que os "índices de elucidação nos crimes de homicídios estão entre os mais elevados do Estado, aproximando-se dos 95%". Números que poderiam ser reduzidos, uma vez que para o Deinter-8, a região "só ficou posicionada em segundo lugar, porque no primeiro trimestre registrou alto índice de homicídios no interior de penitenciárias".

 

Crimes violentos


Conforme publicado recentemente, o número de homicídios na região de Prudente registrou uma redução de 33% na comparação entre os primeiros três meses de 2016 com o mesmo período do ano anterior. No total, foram registrados 12 homicídios neste ano, enquanto, em 2015, houve o registro de 18 ocorrências desta natureza. Em 2015, os crimes considerados violentos, entre homicídios, roubos, latrocínios e estupros, chegaram a 200 na região. Por outro lado, neste ano, este tipo de crime resultou em 195 casos.

Para o CPI-8, os bons resultados da região se dão em razão de que 85% dos municípios que compreendem a área do CPI-8 não registraram nenhum caso de homicídio no período mensurado. Além disso, em Prudente foram cinco registros durante o primeiro trimestre deste ano.

 

TAXA DE HOMICÍDIOS DOLOSOS - Deinter-8/CPI-8









































ANO TAXA DE OCORRÊNCIAS TAXA DE VÍTIMAS DIFERENÇA
2012 8,42 8,65 0,24
2013 7,68 7,79 0,12
2014 5,76 5,76 0,00
2015 6,91 7,15 0,23
Abril 2015/Março 2016 6,19 6,54 0,35

Fonte: SSP
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