Sal em excesso prejudica a saúde, alerta nutricionista

Renata Bueno denota que o ideal é ingerir 2 gramas diários do tempero, pois a falta de controle incentiva doenças renais e hipertensão

PRUDENTE - SANDRA PRATA

Data 13/10/2018
Horário 09:13

Mais de 70% da população brasileira tem o hábito de consumir sal em excesso, segundo o CFN (Conselho Federal de Nutricionistas). De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), o consumo ideal diário é de 2 gramas de sal por indivíduo. Índice esse que a nutricionista Renata Bueno classifica como “quase impossível” de ser alcançado, já que a maioria dos produtos industrializados possui uma quantidade maior de sódio – mineral presente no sal. Todavia, a falta de controle na sua ingestão pode acarretar em inúmeros problemas de saúde.

Conforme a especialista, entre as principais doenças estão hipertensão arterial e doenças renais. Além disso, a nutricionista denota que pode afetar na liberação de líquidos no organismo, deixando-o retido e causando inchaço, principalmente nos membros inferiores. “As doenças surgem silenciosamente, não existe um alerta de que é preciso diminuir o consumo, a pessoa precisa ficar atenta”, pontua.

Porém, Renata explica que existem alguns comportamentos do organismo que podem vir a ser um aviso de que está na hora de aposentar o saleiro. Segundo ela, alterações na pressão arterial, dores na nuca e diminuição na urina são os principais. “Como começa a existir retenção de líquido, a pessoa tende a urinar menos e ter inchaço devido a essa retenção ”, explica.

Reeducação

Para aqueles que sofrem para abandonar o sal, a nutricionista adianta que deve haver todo um planejamento de reeducação alimentar para diminuir, aos poucos, seu consumo. De acordo com ela, a medida é evitar alimentos industrializados, embutidos e os temperos prontos, que são “os principais vilões por excesso de sódio”.

“Muita gente tem dificuldade em tirar o sal da dieta, porque ele é famoso por dar sabor ao alimento. Mas existem ervas, por exemplo, que podem substituir. Alecrim, salsinha e orégano são ótimas opções de temperos substitutos”, orienta a nutricionista. “Mas se a pessoa não quer deixar o sal de lado repentinamente, pode optar pelo sal do himalaia que, diferente do branco, possui um índice baixo de sódio que o torna mais saudável. Outra opção é o sal marinho”, aconselha.

Regra alimentícia

A prudentina Giuliana Macedo, 50 anos, tem uma dieta regrada e distanciada do sal desde os 39 anos, idade em que foi diagnosticada com hipertensão arterial. A doença, resultado de uma herança familiar, fez com que Giuliana tomasse mais cuidado na hora de ir às compras no mercado. “Hoje, eu abro mão de produtos industrializados e, se por alguma razão, eu precisar comprar, sempre olho os rótulos”, explica.

Sobre o sal, Giuliana revela que substituiu o branco pelo rosa, que faz com que ela tenha mais controle na hora de temperar os alimentos. “Dependendo da comida também prefiro utilizar limão e azeite. Depois que comecei a me policiar com isso a pressão começou a ter um controle maior”, expõe.

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