A Irmandade Santa Casa de Misericórdia de Presidente Epitácio suspendeu todos os atendimentos do ambulatório a fim de conter gastos. A informação é do provedor da instituição, Francisco Feitosa Nascimento, o qual pontua que o fato se deu anteontem, em função da falta de repasse da Prefeitura para execução dos serviços no local. Frisa que atualmente a administração municipal ainda deve pagar ao hospital R$ 550 mil, isso depois de ter quitado anteontem R$ 250 mil, os quais foram direcionados para pagamento de parte dos funcionários. O restante do quadro, bem como os plantonistas, está sem receber há dois meses.

Procurada para falar sobre situação, Cássia não se manifestou

Francisco explica que um investimento de R$ 400 mil deve ser repassado mensalmente à santa casa pela Prefeitura para os pagamentos dos funcionários, plantonistas, além dos encargos. "Os serviços do ambulatório são de obrigação da administração municipal, portanto, para que estes sejam feitos pela santa casa são necessários os devidos repasses, os quais não vêm ocorrendo. Sendo assim, suspendemos os atendimentos até que a situação se resolva", declara.

O provedor ainda relata que os cerca de 250 pacientes que procuravam o local diariamente devem se dirigir aos postos municipais de saúde, que têm a competência de prestar os mesmos serviços, como consultas com médicos especialistas. Já nos casos considerados de urgência e emergência, a orientação é se dirigir à santa casa, já que os trabalhos no pronto-socorro estão funcionando normalmente. "Estamos aguardando uma nova reunião com a Prefeitura para saber como a situação será resolvida", alega.

Para falar sobre as medidas que serão adotadas pela administração municipal, a fim de quitar o déficit com o hospital, a reportagem entrou em contato com a prefeita Cássia Regina Zaffani Furlan (PRB), bem como com a Assessoria de Imprensa da Prefeitura, no entanto, até o fechamento desta edição, não houve resposta.

 

Refinanciamento

Em dezembro, conforme noticiado neste diário, a santa casa recebeu um crédito de R$ 700 mil, que foi obtido por meio de um refinanciamento com a CEF (Caixa Econômica Federal). Na ocasião, Francisco disse à reportagem que estava em negociação de descontos com diversos fornecedores de medicamentos, suprimentos e empresas terceirizadas, com o intuito de acertar diversas dívidas. O montante ainda garantiu o pagamento do 13º salário aos trabalhadores do hospital.