Segundo livro sobre Rancharia abordará história da cidade 

VARIEDADES - OSLAINE SILVA

Data 13/08/2020
Horário 08:35
Cedida - Morador de Martinópolis há 42 anos, Daltozo já publicou 11 livros sobre a cidade
Cedida - Morador de Martinópolis há 42 anos, Daltozo já publicou 11 livros sobre a cidade

O jornalista e historiador, José Carlos Daltozo, explica que o segundo livro sobre Rancharia, para o qual as pesquisas já foram iniciadas, será ao estilo tradicional de um livro histórico, em capítulos, e recheado de fotografias antigas. Começando pela chegada da ferrovia, que foi o fator primordial no surgimento da maioria das cidades da região, e Rancharia não foi diferente, a partir dela é que começou o povoamento. 
“A Estrada de Ferro Sorocabana chegou a Rancharia em 1916, visando desenvolver a região que até então aparecia nos mapas como ‘região desconhecida, habitada por índios’, e implantando os trilhos até as barrancas do Rio Paraná, em 1922. A ferrovia foi espalhando estações aqui e ali, a maioria se transformou em cidades. As lavouras de café, que era o maior produto de exportação do Brasil na época, começaram a tomar o lugar das florestas e dos campos”, adianta o escritor.
Segundo Daltozo, o livro histórico, ao contrário do "Baú de Memórias de Rancharia", não terá pessoas escrevendo, mas poderão participar fornecendo documentos, fotos, mapas, informações relevantes, etc. O livro será baseado exclusivamente em pesquisas, em documentos oficiais, cartórios, Prefeitura, Câmara Municipal, entidades, escolas, clubes, entre outros. 
“Já comecei as pesquisas, usando a internet. Por causa da pandemia, não estou podendo visitar museus, nem bibliotecas, nem cartórios. Já tenho uns 30% de material coletado, mas falta muita coisa ainda, que conseguirei no segundo semestre. A previsão é que seja lançado em junho de 2021, no aniversário de Rancharia, mas se a pandemia prosseguir muito tempo, será para o final do ano que vem”, expõe o escritor.

Um apaixonado por cultura

Conforme Daltozo, uma pergunta que ele acredita que muitos fazem é porque sendo formado em Letras e tendo se aposentado como bancário, onde só mexia com números e contratos, está agora nesse afã de publicar livros históricos. Então ele responde que ser aposentado, ficar na frente da televisão o dia inteiro, jogando truco nos botecos, ou ainda pescando, não é do seu feitio. “Não critico quem gosta dessas coisas, mas cada pessoa é diferente da outra, com diferentes gostos e maneiras de viver. Eu gosto de absorver cultura de todas as maneiras, de ler e pesquisar história e geografia. Além de viajar, fotografar, pesquisar em documentos antigos, mexer em fotos e mapas de épocas passadas e depois colocar tudo isso em livros. Não deixa de ser uma maneira de fazer algo útil para a coletividade e deixar minha marca no mundo”, destaca o autor.
Nascido em Ibirá (SP), Daltozo já publicou 12 livros, sendo 11 sobre diversos aspectos de Martinópolis, cidade onde ele mora há 42 anos. E um sobre cartões-postais, por ser colecionador há 32 anos.

Box
LIVROS DE DALTOZO
1999 – “Martinópolis, sua história e sua gente”
2002 – “Banco do Brasil, 50 anos em Martinópolis”
2004 – “Álbum histórico e fotográfico de Martinópolis”
2006 – “Cartão-postal, arte e magia”
2007 – “Loja Maçônica Três de Maio, 60 anos”
2007 – “Nos trilhos da história” (sobre a E. F. Sorocabana)
2008 – “Um novo amanhã” (sobre imigração japonesa)
2010 – “60 anos semeando conhecimento” (sobre a escola João Gomes Martins)
2010 – “Fazenda São José” - sobre a família Junqueira
2014 – “Costumes e tradições rurais”
2017 – “Martinópolis, do passado ao presente”
2018 – “Crônicas martinopolenses”


 

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