Em média, dos atendimentos realizados pela Semea (Secretaria Municipal de Meio Ambiente), em Presidente Prudente, pelo menos 18 são destinados à redução arbórea residencial, seja ela somente para poda ou para erradicação, que, respectivamente, são aproximadamente 12 e seis casos diários. O que pouca gente sabe e é detalhado pelo titular da pasta, Wilson Portella Rodrigues, é que para ambos os procedimentos existem regras a serem seguidas.
Nas ocasiões mais simples estão as podas, que de acordo com o secretário, não precisam necessariamente serem feitas pelo serviço público. “O próprio morador pode fazer esse serviço em sua casa. Mas é válido lembrar que é preciso respeitar a quantidade permitida, que é 30% da estrutura arbórea. Acima disso é considerado crime ambiental, por poda drástica”, informa. Por isso, a quem necessite o ajuste, ele orienta que procure a secretaria para receber as instruções corretas, mesmo que as podas não precisem de autorização formal.
E nos casos de redução drástica, Portella lembra que, caso seja feita denúncia ou a fiscalização flagre uma situação, as autoridades são procuradas, como a Polícia Ambiental, o MPE (Ministério Público Estadual) ou a Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo), para que o autor seja multado pela irregularidade.
Já nos casos de erradicação, isto é, corte integral da árvore, faz-se necessário uma autorização formal da secretaria, pontua Portella. Para tanto, o munícipe precisa procurar a pasta e fazer o pedido. “Com isso, uma equipe técnica realiza a vistoria adequada e emite um laudo oficial para autorizar o corte”, instrui. Nessa situação é analisada ainda a motivação, que, por exemplo, pode ser gerada por problemas de segurança.
Em ambos os casos, o secretário esclarece que o serviço pode ser feito pela Prefeitura também, caso o proprietário não se sinta a apto a realizar a poda ou erradicação. Entretanto, a pasta segue um cronograma de atendimentos, fazendo com que o procedimento possa demorar a ser atendido.
Rede elétrica
Numa outra situação, estão as podas feitas na rede elétrica por questões de segurança. Tal serviço é executado exclusivamente pela concessionária de energia, que em Prudente é a Energisa-Sul Sudeste. A medida visa evitar interrupções de energia durante temporais, como afirmado pela própria empresa. “Durante as tempestades, acompanhadas de ventos, os galhos das árvores podem tocar as redes, podendo provocar um curto-circuito e até o rompimento dos fios, resultando na falta de energia”, diz.
A distribuidora reforça ainda que adota os critérios previstos na legislação ambiental pertinente, e em parceria com as secretarias de Meio Ambiente dos municípios, treina e orienta colaboradores próprios e terceiros para a realização da poda mais adequada.
SERVIÇO
Os clientes da empresa que virem uma situação de risco de árvores em contato com as redes de energia, podem acionar a empresa pelo 0800-7010326, redes sociais ou pelo site www.energisa.com.br. Já em relação às podas e cortes por parte do serviço público, Basta entrar em contato pela Central de Atendimento 156 ou por meio da ferramenta “Prefeitura e Você” disponível na internet: http://www.prefeituraevoce.com.br/.
SAIBA MAIS
Para garantir eficiência e segurança no trabalho de poda, a Energisa-Sul Sudeste salienta que utiliza equipamentos e caminhões com cestos aéreos, e os galhos cortados são triturados por um equipamento especializado. Os resíduos são destinados para instituições ou locais específicos para descarte. Em Presidente Prudente, por exemplo, os resíduos que sobram após a trituração, servem de adubo para a horta orgânica e no plantio de café da Etec (Escola Técnica Estadual) Professor Dr. Antonio Eufrásio de Toledo. Periodicamente, as equipes da empresa vão até a escola levar os resíduos para utilização dos alunos nos projetos.
Resíduos [dos galhos] que sobram após a trituração, servem de adubo para a horta orgânica e no plantio de café da Etec
Energisa-Sul Sudeste
