Sempre para a frente

OPINIÃO - Walter Roque Gonçalves

Data 30/04/2019
Horário 04:29

O filósofo Clóvis de Barros Filho tem uma frase célebre que diz ter aprendido com o pai: “Pra trás, nem para pegar impulso”. Clóvis diz que em seguida este completava a frase carinhosamente dizendo: “Seu bosta!”. O filósofo conta esta história hilária em reconhecimento à sabedoria do pai e o quanto este o ajudou.

Há diversas empresas, de todos os portes, com dificuldades em manter-se ao menos em equilíbrio, quanto mais com lucros e - diante de um cenário de incertezas que vivemos no país - muitos resolvem dar passos pra trás, deixando de treinar seus funcionários, investir em marketing, entender melhor seu público alvo e organizar suas finanças. E, neste caso o pai de Clóvis de Barros tem razão, para trás nunca!

Muitos vão pensar “não tenho dinheiro nem para pagar as contas do mês, quanto mais para investir em marketing, treinamento, pesquisa e controles financeiros!”. A verdade é que estes são elementos fundamentais para o equilíbrio e crescimento de qualquer empresa, esteja ela passando por fases de lucro, bonança ou crise. Deixar de olhar estas áreas é andar pra trás. Se o empresário entende que não é o momento de contratar uma consultoria, por exemplo, terá que ele mesmo “arregaçar as mangas” e atender estas demandas indispensáveis para a sobrevivência da empresa.

A comunicação, o preparo e organização são a essência de tudo, por isso o primeiro passo é preciso definir claramente quem é o público beneficiado com os produtos e serviços oferecidos pela loja. Definido isso, pode-se começar das questões mais simples que estão à mão e não demandam investimentos adicionais como: atendimento no balcão e telefone, vitrines, exposição de produtos nas prateleiras, conhecimento dos funcionários quanto aos produtos, gentileza e preparo para atender clientes e no mínimo um bom fluxo de caixa e a apuração de lucro (DRE).

São ações que o dono da empresa pode se propor a fazer, implementar e monitorar. Feito as melhorias internas é preciso atentar-se em como comunicar com o público, em especial aqueles que não entram na loja. Diversos esforços podem ser feitos sem praticamente custo nenhum adicional como: ligar para os clientes mais fiéis e pedir indicação de novos clientes; o dono abrir um canal de comunicação abordando pessoalmente os clientes e pedindo sugestões de melhoria para a loja; observar as câmeras de segurança e se todos clientes que entram compram, se são bem atendidos e assim por diante. Enfim, como diz Clóvis de Barros Filho, “andar pra trás nem pra pegar impulso”… o caminho é sempre para a frente.

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