Senna

Sandro Villar

O Espadachim, um cronista a favor da pimenta e contra o gás de pimenta

CRÔNICA - Sandro Villar

Data 05/05/2024
Horário 05:30

No momento em que o Ayrton Senna bateu forte em Ímola, no dia 1º de maio de 1994, o pentacampeão de Fórmula 1, o argentino Juan Manuel Fangio, foi taxativo: "Fatal", resumiu ele. Desde aquele fatídico dia já se passaram 30 anos sem Ayrton Senna, considerado o melhor piloto do mundo. Sim, ele merece o título.
A morte de Senna, aos 34 anos, enriqueceu alguns donos de bancas de jornais de São Paulo. Nunca se vendeu tanto jornal como naqueles dias. Sei disso porque um jornaleiro me forneceu detalhes. 
Sei que é triste mencionar isso, mas quando morre um grande ídolo popular os fãs compram jornais, revistas e livros porque querem saber tudo sobre as circunstâncias da morte. Com Senna não poderia ser diferente e, assim, as vendas de jornais e revistas aumentaram Brasil afora, sem contar os livros, numa época pré-internet.
Como bom ariano, Ayrton Senna era destemido e sabia dos riscos que corria durante as corridas. "O medo me fascina", dizia ele, acrescentando: "Tenho medo da morte e da dor, mas convivo bem com isso". Nem Indiana Jones diria melhor. Senna entrava para ganhar: "Essa história de que o importante é competir não passa de demagogia". Estava certo. Competir é coisa de Olimpíada.
Ele era perfeccionista: "Ou você faz uma coisa bem feita ou não faz". Tinha razão. Já sobre o dinheiro, Senna assim se manifestou: "Dinheiro é um negócio curioso. Quem não tem está louco para ter. Quem tem está cheio de problemas por causa dele". Senna afirmava que "não tinha ídolos, tinha admiração por trabalho, dedicação e competência".
Lamentavelmente tem muita gente que se envergonha de ser brasileiro. Não era o caso de Senna. "O fato de ser brasileiro só me enche de orgulho". Pois é, ele "atropelou" o complexo de vira-lata tão comum e visível no Brasil, inclusive na "Grande Emprença", onde tem muito jornalista falando besteira. Bons tempos quando Ayrton Senna nos alegrava nas manhãs de domingo com seu show na Fórmula 1. O Brasil parava e Senna corria para vencer.

DROPS de Ayrton Senna

Ele (Deus) é o dono de tudo. Devo a ele a oportunidade que tive de chegar onde cheguei.

A Fórmula 1 é um meio nojento.
 
Vencer é o que importa. O resto é a consequência.

O dia que chegar, chegou. Pode ser hoje ou daqui a 50 anos. A única coisa certa é que ela vai chegar.
(Senna sobre a morte)

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