Servidores da Justiça Federal fazem novo manifesto

“Já prevíamos outro protesto. Estamos às vésperas do vencimento do prazo para o Executivo sancionar ou vetar a aprovação do Senado. A data final é o dia 21, terça-feira", explica.

PRUDENTE - Victor Rodrigues

Data 17/07/2015
Horário 07:39
 

Os funcionários da Justiça Federal de Presidente Prudente voltaram a paralisar suas atividades, ontem, em mais um ato "Sanciona, Dilma! – Apagão pela sanção". Este foi o segundo manifesto desde a aprovação do PLC (Projeto de Lei da Câmara) 28 de 2015 – plano de carreira com reposição salarial – aprovado no dia 1º de julho pelo Senado. Houve ainda outro ato anterior à aprovação. Pouco mais de 30 funcionários se reuniram em protesto em frente à unidade federal prudentina, das 12h às 15h, mas os serviços foram parados em todo o prédio. Somente os trabalhos emergenciais foram realizados.

Jornal O Imparcial Pouco mais de 30 funcionários participaram do protesto

As atividades voltam ao normal hoje, e outros dois atos com paralisação já estão previstos para segunda-feira e terça-feira, desta vez, com concentração no Fórum Trabalhista, em frente ao Parque do Povo. De acordo com Fernando da Cruz Alves Santos, representante da categoria, o manifesto foi novamente organizado para dar força ao movimento, na tentativa de sensibilizar a presidente Dilma Rousseff (PT) a sancionar o plano de reposição salarial, baseado nas perdas inflacionárias; que tem por lei, 20dias após a aprovação do Senado para revelar sua posição quanto ao projeto. "Já prevíamos outro protesto. Estamos às vésperas do vencimento do prazo para o Executivo sancionar ou vetar a aprovação do Senado. A data final é o dia 21, terça-feira", explica.

Santos diz que, em entrevistas à imprensa nacional, a presidente e o Ministro da Fazenda, Joaquim Levy, tem informado que poderá vetar o PLC em virtude da atual crise financeira do país, e a categoria teme que o pedido seja vetado. "Por isso estamos nessa frente de luta. O manifesto tem ocorrido também em outros locais do país, e em frente ao STF e ao Palácio do Planalto. Se não for sancionado, tomaremos outras providências", destaca.

Segundo o representante da categoria, caso não seja aprovado, "o projeto volta para o Senado, e em uma sessão conjunta com a Câmara dos Deputados, o veto pode ser derrubado se houver aprovação das duas casas", informa.

O PLC 28 de 2015 estabelece reajuste salarial escalonado, de cerca de 59,49%, para os servidores do Poder Judiciário. Como já informado em O Imparcial, esse percentual é relativo à reposição salarial baseada nas perdas inflacionárias desde 2006. "Já são 9 anos sem reajuste. Os preços sobem periodicamente, os salários também, mas o nosso ficou parado e tem valido menos a cada ano", destaca.

A reportagem contatou a Secretaria de Comunicação da Presidência da República para verificar a posição da administração federal sobre o assunto, mas até o final desta edição não houve resposta.
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