Sociedade Hípica oferece atividades para prudentinos

Organização sem fins lucrativos proporciona aulas particulares e cursos de férias aos cavaleiros e amazonas de Prudente; local tem quase 60 de fundação

Esportes - JULHIA MARQUETI

Data 24/06/2018
Horário 06:30
Marcio Oliveira - Curso de férias é umas das opções oferecidas no local para cavaleiros e amazonas
Marcio Oliveira - Curso de férias é umas das opções oferecidas no local para cavaleiros e amazonas

Fundada desde 1959, a Sociedade Hípica de Presidente Prudente é um dos mais tradicionais centros voltados ao hipismo nacional. Mesmo sem lugar no ranking, a organização sem fins lucrativos prepara alunos para competições que ocorrem em todo o cenário brasileiro e também oferece competições internas para aqueles que ali se preparam. Visando todas as idades, o local proporciona aulas de ecoterapia e tambor, com a possibilidade de o aluno usar o próprio cavalo ou um dos que são cuidados na própria associação.

Segundo Heloisa Ferreira do Valle, médica veterinária e filha do presidente Paulo Duarte do Valle, nos dias de recesso escolar é hora de apresentar uma programação especial e, por isso, entra em jogo o curso de férias. “É uma atividade diferente, feita para crianças que têm um primeiro interesse em saber como funciona. O aluno participa e recebe certificado ao final, com chance de renovação caso haja interesse em continuar”, explica. Com bastante procura, um dos motivos pelo qual a entidade busca promover atividades em época de férias, é a viagem feita por aqueles que já frequentam o local, mas ficam um tempo afastados. “Eles vão viajar, às vezes não sabem se voltam a fazer as atividades depois, mas os cavalos ficam, eles continuam sendo alimentados e cuidados, por isso o custo se mantém também”, destaca.

Mesmo sendo uma associação sem fins lucrativos, o fato de trabalhar com animais faz com que tenha uma mensalidade a ser paga pelo aluno que escolhe uma das modalidades. “O curso, por exemplo, tem o valor de uma mensalidade que fica em torno de R$ 120. O valor não é porque os cavalos são esportistas, preparados para isso”, enfatiza. O fato de não ter um valor acessível para todos é uma das reclamações constantes daqueles que vão até o local procurar mais informações. “Se a pessoa gosta ela vai começar a investir. Qualquer esporte que coloca o cavalo no meio ele acaba sendo caro, tem que dar tudo, cama, pagar hospedagem do animal e também pode ficar doente, quem vem até aqui tem que ter essa consciência”, pontua.

Escolinha

Com foco nos alunos de escolinhas, buscando desenvolver um apreço ainda maior na modalidade, Heloisa demonstra certo receio por aqueles que já têm cavalo e que podem, de um dia para a noite, não querer mais praticar. “Tem que dar ênfase neles, já que são os que fazem o giro, sem dizer que muitos acabam pensando em investir, levar mais a sério. Sempre tem que vir de baixo para cima”, enfatiza Heloisa.

Atualmente, além dos cavalos de criação, há mais dez animais para hipismo e 30 para tambor. O local funciona de segunda à sexta-feira, das 9h às 12h, e das 15h às 19h. Os cuidados em dias de sol forte se redobram em relação aos animais. “Não dá para deixar eles expostos o tempo todo, ainda mais praticando esporte. Eles têm um cuidado diferenciado nesses dias, para que nada faça mal aos cavalos”, explica.

Com a localização afastada dos grandes centros de hipismo, como São Paulo e Rio de Janeiro, por exemplo, a entidade acaba realizando campeonatos internos para os praticantes da modalidade. “Nós proporcionamos algumas provas, para que sintam esse gosto, alguns até viajam para competir, normalmente em Londrina e Maringá, ambas no Paraná, uma vez por ano”, conta.

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