Supermercados estimam queda de até 30% nas vendas de Páscoa 

Setor sofre pelo segundo ano consecutivo os impactos da pandemia da Covid-19; neste ano, os famosos ovos de chocolate podem ser encontrados de R$ 17,90 até R$ 82,90

PRUDENTE - WEVERSON NASCIMENTO

Data 12/03/2021
Horário 08:22
Foto: Weverson Nascimento
Indústrias especializadas têm reduzido a produção devido à crise pandêmica
Indústrias especializadas têm reduzido a produção devido à crise pandêmica

O impacto da pandemia já refletiu em diversos cenários e a Páscoa deste ano não ficou de fora. Em Presidente Prudente, os supermercados estimam uma queda de até 30% nas vendas dos tradicionais produtos pascais se comparado ao mesmo período no ano passado. Neste ano, os famosos ovos de chocolate podem ser encontrados de R$ 17,90 até R$ 82,90, preços que, conforme relatado pelos gerentes, não sofreram mudanças tão significativas em comparação à Páscoa de 2020.
No Supermercado Avenida, os produtos foram dispostos aos consumidores há cerca de 20 dias, como uma forma de divulgá-los por mais tempo. De acordo com o gerente local, João Luis Nicolosi Gasparino, neste período que antecede a Páscoa os produtos são comprados no impulso dos consumidores ou pelo desejo de uma criança, por exemplo. No entanto, mesmo com as prateleiras cheias, o gerente estima que neste ano as vendas sejam 30% menores se comparado com o mesmo período do ano passado, não só diante do agravamento da pandemia, mas pela menor demanda produzida pelas indústrias especializadas no segmento.   
Na unidade, João diz que os consumidores deixam para comprar os itens mais próximos da data, e que o perfil de compra vem mudando a cada ano que passa. “Hoje, o cliente acaba optando pela barra de chocolate ou a caixa de bombom como uma forma de não deixar a data passar em branco, mas também para adquirir uma maior quantidade do produto, por exemplo”. 
No Supermercado Estrela, o subgerente Bruno Henrique Moreira diz que os produtos já estão disponíveis desde a segunda quinzena de fevereiro, também como uma forma de expor os itens e obter as famosas vendas por impulso. “Por mais que algumas pessoas levem o produto agora, o maior número de vendas se dá às vésperas da Páscoa”, adianta. 
Já com relação ao percentual de vendas, Bruno estima que o setor irá sofrer uma redução de 10% nas vendas se comparado com a Páscoa do ano passado. Mas, acrescenta que é perceptível que, mesmo em meio à pandemia, os consumidores não deixaram e não deixarão de comprar os itens pascais.  

Mercado nacional

A Abras (Associação Brasileira de Supermercados) explica que a venda de ovos de Páscoa começou mais cedo neste ano, mais precisamente na segunda quinzena de janeiro, com um preço mais amargo por conta do dólar. Como o cacau é uma commodity, um produto cujo preço é cotado no mercado internacional/moeda americana, os preços estão em média de 4% a 5 % mais altos. Em alguns casos chegam a custar 10% a mais, segundo fabricantes e lojistas. A Lacta, por exemplo, apostou em uma maior operação de e-commerce e ampliou o seu portfólio com uma linha de presenteáveis, conforme apurou a reportagem junto ao site oficial. 

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