O título da exposição itinerante “Um mundo sem trabalho infantil”, já fala por si só. A mostra, que retrata as piores formas de exploração ilegal da mão de obra de crianças e adolescentes, faz parte da campanha de conscientização, idealizada pelo TRT-15 (Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região), como parte das atividades do "Programa de Combate ao Trabalho Infantil e de Estímulo à Aprendizagem da Justiça do Trabalho. Os grandes painéis, 21 no total, podem ser vistos no espaço de exposições, no piso Washington Luiz, no Prudenshopping, até o dia 30 de setembro.
Conforme o juiz José Roberto Dantas Oliva, coordenador do Jeia (Juizado Especial da Infância e Adolescência) da Circunscrição do município, o objetivo da campanha é acabar com a exploração infantil e juvenil, buscando oferecer perspectivas de futuro para estas crianças e jovens, e trazer à tona o histórico, definido por ele como “triste”, sobre o tema atual no Brasil.
“No país, em pleno século 21, nós ainda temos 2,7 milhões de crianças e adolescentes, entre 5 e 17 anos, sendo exploradas pelas piores formas de trabalho infantil. Dentre elas as atividades domésticas estão entre as mais comuns. Há ainda a exploração em condições parecidas com a escravidão, e isto acaba com toda a possibilidade de futuro que eles esperam. Nós queremos por um fim nisto de uma vez por todas”, ressalta o juiz.
A exposição
Ela já foi exibida em diversas cidades como Brasília (DF), Curitiba (PR), Aparecida (SP) e Campinas (SP), sempre com o objetivo de conscientizar a sociedade de que é preciso, com urgência, exigir o respeito aos direitos desses jovens, conforme estabelece a legislação brasileira, sobretudo a Constituição Federal e o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente).
Dantas Oliva destaca entre os painéis, um com medidas de 10 metros (m) x 1,8 m, traçando uma “linha do tempo” sobre o tema no país, relatando os expedientes extensos em que estes jovens são submetidos em carvoarias, lixões e atividades domésticas, e outras formas de exploração, incluindo o abuso sexual.
“Nós também mostramos mensagens de combate a este flagelo social e, especialmente em Prudente, foi acrescentada uma mensagem do Papa Francisco, enviada no ano passado para Aparecida durante uma semana de conscientização que realizamos por lá. Esperamos que as pessoas conheçam a exposição, leiam e se atentem a este problema tão sério que está ocorrendo no país”, alerta.
