SLASHER:
Se você assistiu ou leu coisas sobre Pearl (inclusive nesta coluna), com certeza ficou intrigado sobre “X”, já que ele era o filme original. Aqui o diretor ti West se aventura na categoria do slasher, inspirado em obras como “Halloween” e “O Massacre da Serra Elétrica”. O título do filme acompanha a beleza do mistério que é Maxine, sendo referida como um fator x, um diferencial, alguém de qualidade notável e especial.
ENREDO:
O enredo se configura pela forma lenta que conduz a narrativa, mostrando em como a linguagem pode contar uma história. Ganha pontos no modo em que a premissa se desenrola, mostrando, então, um planejamento ao ter a pornografia como plano de fundo sobre a independência feminina que “X” discute, além da degradação da humanidade frente a repressões e vaidades banais.
ESTRELA:
Mia Goth mais uma vez como protagonista se destaca agora em uma personagem enigmática, com poucos diálogos, mas que não se poupa quando precisa impor sua personalidade e preferências, e há um choque nesse perfil quando está perto de Pearl. Ela definitivamente tem seu fator “X” particular, pois se funde às personagens de forma impecável! Ela é a estrela correta para a trama e promete continuar entregando tudo, no filme que irá concluir a trilogia.
FILMOGRAFIA:
Mais uma vez a filmografia chama a atenção e compõe a história ao apresentar uma Pearl idosa, com iluminação escurecida, que se vez inegavelmente seduzida pela jovem Maxine. Enquanto a busca da jovem, em que cada decisão seja consequência da força e sucesso de sua autonomia é o que define sua trajetória, para Pearl, encarar uma mulher que na própria juventude exala liberdade, confronta sua negação, amargura e insatisfações que se escondem na idílica fazenda.
VALE A PENA:
Mirando trilogia com uma prequel já a caminho, é questão de tempo para que esse inesperado e ambicioso exercício da direção tenha sua parte final aprovada. É claro que nem todo mundo está disposto a ver um banho de sangue acompanhado de uma fotografia detalhista com a loucura embalada por uma trilha sonora em volume exagerado. Tal técnica já é de praxe em filmes de slasher, mas West tem seus truques e faz um bom trabalho ao retratar o apetite sexual, o sadismo, a perversão e a violência. E sempre com músicas instigantes!
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