O nível de emprego industrial na Diretoria Regional do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo), em Presidente Prudente, apresenta saldo de 250 postos de trabalho, em análise ao acumulado de 2019, isto é, de janeiro a julho. De acordo com o próprio Ciesp, que é quem analisa o setor, o índice chega a 0,56%, e vai na contramão dos últimos 12 meses e do mês de julho - último período analisado -, que estão em déficits.
Para que a situação seja essa, conforme a análise do Ciesp, alguns setores possuem um índice melhor no acumulado, como, por exemplo, o de coque, petróleo e biocombustíveis, com variação positiva de 27,17% na região. O setor lidera. Ao passo que as indústrias que fabricam móveis (7,44%) e produtos de borracha e de material plástico (13,10%) também são alguns exemplos.
Em complemento, o diretor regional da entidade, Wadir Olivetti Junior, sinaliza alguns outros departamentos, que podem influenciar para que, no acumulado, ainda seja positivo, como o automotivo e a metalúrgica. “E os primeiros meses do ano, como de costume, também foram cruciais para que a indústria ainda esteja num cenário não tão pior”, complementa.
Retração
Mas na contramão desse cenário, o mês de julho, último período analisado, fechou na região de Prudente do Ciesp, composta por 65 municípios, em baixa, como tem sido desde maio. O déficit chegou a 1,31%, equivalente ao saldo de aproximadamente -550 vagas de emprego. Nos últimos 12 meses, a situação também se qualifica como ruim: menos 3,2 mil postos de trabalho (-7,31%).
Mas voltando ao período mais recente, em julho, o Ciesp mostra que alguns setores fomentaram para que a situação fosse negativa, como, por exemplo, produtos alimentícios (-1,62%); artefatos de couro, calçados e artigos para viagem (-7,75%); móveis (-0,89%) e produtos e minerais não metálicos (-3,37%), que são os principais destaques.
O que vai ao encontro da fala do diretor regional. Para ele, os principais setores que deveriam estar contratando, estão, na verdade, demitindo. “Que são as indústrias do ramo alimentício, de fabricação de couro, e aquelas ligadas à construção civil”. E ainda segundo ele, o cenário político é a principal “trava” hoje, de uma possível melhora, “ao julgar pela demora na aprovação da reforma da Previdência”, que poderia resultar em investimentos.
Saiba mais
O mês de julho não fecha com status positivo desde 2016, de acordo com o Ciesp, quando a variação ficou em 0,36%, o que simbolizou saldo de 150 postos de trabalho. O melhor desempenho foi em 2012, com 0,76%, ao passo que o pior foi em 2015: -2,39%.