​O Espadachim, um cronista a favor das abelhas e contra os abelhudos.

Vai uma Cloroquina aí?

OPINIÃO - Sandro Villar

Data 20/05/2020
Horário 06:02

O Trump toma um comprimido de Cloroquina por dia para evitar ser "agarrado" pelo novo coronavírus. Já faz quase duas semanas que o dono do mundo - ou também dono do Sistema Solar? - faz uso da Cloroquina, medicamento não recomendado por renomados médicos e cientistas para combater o vírus que botou a humanidade de quatro.

Na qualidade de humanista, espero que o Trump não se contamine, mas, caso contrário, nem a CIA poderia dar jeito, dependendo das circunstâncias. Mas Trump é teimoso e, como o Mito Messias, não abre a mão e nem o pé da tal de Cloroquina, que não sei se tem cloro em sua fórmula.  

Aliás, como palavra puxa palavra, como ensinava Machado de Assis, tem gente que reclama do excesso de cloro na água servida à população. Dizem que cloro na porção errada causa danos à saúde, mas isso carece estudar um pouco mais, como disse um prefeito do interior paulista. 

Cloro também entope chuveiro. Soube que o cloro na água encanada é proibido na Suécia, mas lá a conversa é outra, sem a esculhambação existente na República Federativa da Confusão, onde parece vigorar a lei do vale-tudo, lei feita por quem não vale nada.

De volta à Cloroquina. Faço questão de deixar claro como água cristalina das montanhas do Alasca que não tenho nada contra o medicamento. Nem a favor. Apenas reproduzo o que a Mídia comenta sobre o assunto, depois de ouvir os especialistas. Quem acha que deve tomar um comprimido por dia, como faz o presifake dos EUA (será verdade?)para não pegar a Covid-19, que fique à vontade ou não tão à vontade assim. Tem vontade? Quer se arriscar?  Valha-te Deus, Nossa Senhora, além de todos os santos.

Convém não esquecer dos defeitos colaterais, quer dizer, efeitos colaterais causados pela Cloroquina. Diarreia e dor de cabeça é o de menos. É café pequeno em comparação com a arritmia, que pode causar parada cardíaca. Em suma: tu fica no bico do corvo, pela bola sete ou qualquer outra metáfora mais interessante. E tome outra metáfora: tu pode bater as botas e outros calçados. Não tenho por hábito usar o pronome tu, que acho bem clássico e elegante.

Quando o assunto é Cloroquina, sou mais a dupla caipira Cloro e Quina, mas isso é apenas brincadeira de cronista que acha que tem o direito - e o esquerdo - de meter o bedelho em tudo. Pensando bem, tenho mesmo e ninguém tem nada com isso. Aliás, o distinto público, meus fiéis fãs, também tem esse direito garantido por lei.

E o Trump, que de bobo não tem nada, toma só um comprimido por dia e por que não aumenta a dose? Sabem como é: quem tem anel de couro tem medo. Trump que se cuide, pois, se por um descuido abusar de Cloroquina, será a esperança do vice, um chato de sobrenome Pence.

DROPS(significado exato das palavras) 
EletriCIDADE é uma cidade elétrica.
CapaCIDADE é uma cidade capaz.
ToxiCIDADE é uma cidade tóxica.
FeliCIDADE é uma cidade feliz.
InfeliCIDADE é uma cidade que precisa voltar a ser feliz.

 

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