Assunto é batido, mas proliferação do Aedes aegypti segue preocupante

EDITORIAL -

Data 15/12/2018
Horário 04:02

Nosso leitor já deve estar cansado de tanto ver notícias sobre a dengue e a proliferação do Aedes aegypti. De fato, este diário está sempre alertando sobre a necessidade de todos fazerem a sua parte para evitar as consequências de um surto da doença. Muitos subestimam a gravidade da situação, no entanto, a dengue pode matar. Mais uma vez, este espaço editorial será destinado a este assunto que, embora batido, precisa ser reforçado com frequência.

Como divulgado ontem, o resultado do LIRAa (Levantamento Rápido de índices de Infestação pelo Aedes aegypti), do Ministério da Saúde, constatou a apresentação de risco de surto para doenças transmitidas pelo vetor em 504 municípios do país – destes, seis estão localizados na região de Presidente Prudente: Flórida Paulista, Ouro Verde, Pauliceia, Presidente Bernardes, Rosana e Santa Mercedes. Em âmbito regional, outras 25 cidades estão em estado de alerta. Ou seja, são 31 municípios que devem ter cuidado redobrado.

A chegada do verão e as características chuvas do período são o cenário perfeito para a proliferação do mosquito. Basta deixar algum recipiente que possa acumular água e pronto: temos um criadouro de larvas. Por isso, os moradores devem tomar as devidas providências e manter seus quintais limpos, sem objetos que podem se tornar potenciais “berçários”.

Esperar de braços cruzados que o poder público, sozinho, se responsabilize pela situação é como dar um “tiro no pé”. Afinal, é inviável, em todos os sentidos possíveis, que agentes da VEM (Vigilância Epidemiológica Municipal), por exemplo, entrem de imóvel em imóvel para recolher todos os recipientes deixados ao relento. É preciso, de uma vez por todas, que as pessoas ajam como cidadãs, e cuidem de suas propriedades. A população deve arregaçar as mangas e tomar a solução do problema também para si. Claro que o poder público deve fazer a sua parte, mas, somente com a união de esforços será possível vencer algo tão minúsculo como o Aedes, mas que provoca prejuízos gigantescos.

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