Seguida da dor, a aflição. O turbilhão de sentimentos que acometeu o cidadão martinopolense e agricultor Amilton Cardoso Andrade, 48 anos, o fez tomar coragem para denunciar uma situação, no mínimo, desconfortável, aos munícipes de Martinópolis. Depois do falecimento de sua irmã Gildete Andrade dos Santos, aos 54 anos, que perdeu a batalha para um câncer, ele, evidentemente abalado, foi em busca de adquirir um terreno no cemitério para sepultá-la e a situação com a qual se deparou foi a completa lotação do local.
Agora Amilton vem a público, não para si, mas para todos aqueles que passarão pela mesma situação que ele, visto que a morte não é escolha, mas condição. O agricultor cobra alguma solução da Prefeitura para a questão que se torna mais problemática em momentos sensíveis e delicados de muitas famílias.
Duas soluções foram apresentadas para Amilton no momento em que ele fora em busca de organizar o funeral: a primeira, que a irmã fosse sepultada em gavetas construídas pela Prefeitura, onde dividiria o espaço com outros falecidos de outras famílias, mas o irmão não sentiu-se confortável. Outra opção era enterrar Gildete a, ao menos, 18 quilômetros de distância da sede do município, em cemitérios dos distritos de Teçaindá ou Vila Escócia, mas o agricultor não concordou com essa possibilidade.
“Fui obrigado a sepultá-la no túmulo onde está minha mãe, na gaveta construída para meu pai”, relata. Amilton afirma que, em seu caso, ainda havia uma alternativa emergencial, mas pensa sobre aqueles que não a tem. “Além de ter causado transtorno, como esse fato lamentável aconteceu comigo, queria que todos soubessem para que amanhã não aconteça com outra pessoa”.
EM BUSCA DE
SOLUÇÕES
A Prefeitura, por meio do Departamento de Administração, informa que, a administração atual vem trabalhando para buscar soluções e eliminar transtornos a munícipes que não possuem terrenos no cemitério da cidade. “O local vem passando por reformas e estudos, a fim de receber novas instalações que possibilitem a criação de maiores espaços para sepultamento. A municipalidade pretende oferecer alternativas que melhorem as condições dos moradores, o mais rápido possível”, expõe a Assessoria de Imprensa da Prefeitura.
Não responderam, entretanto, questionamentos realizados pela reportagem como em quanto tempo o problema será resolvido e efetivamente de que forma.