Croeste adota medidas contra a Covid-19

Penitenciárias da região passaram a checar oxigenação sanguínea e temperatura de servidores para identificar sintomas; segundo Sifuspesp, são 67 funcionários infectados, sendo seis mortes

REGIÃO - ROBERTO KAWASAKI

Data 29/05/2020
Horário 04:00
Croeste - Funcionários passam por aferição de temperatura e oxigenação sanguínea
Croeste - Funcionários passam por aferição de temperatura e oxigenação sanguínea

A Croeste (Coordenadoria de Unidades Prisionais da Região Oeste) e a SAP (Secretaria de Administração Penitenciária) iniciaram uma ação que visa garantir a saúde dos servidores penitenciários que atuam na região de Presidente Prudente. A partir de agora, ao chegar ao trabalho, os funcionários têm o nível de oxigênio sanguíneo mensurado por um oxímetro de pulso, e a temperatura aferida por termômetro digital infravermelho.

De acordo com a coordenadoria, os aparelhos são manuseados por enfermeiros do CQVidass-Oeste (Centro de Qualidade de Vida e Saúde do Servidor), e visam detectar possíveis sintomas do novo coronavírus. Desde meados de abril, a reportagem acompanha a preocupação dos funcionários que reivindicam à SAP mais segurança para evitar o contágio, como a aquisição de máscaras e produtos de higiene.

Desde quando o Estado de São Paulo se tornou o epicentro da pandemia do novo coronavírus no Brasil, acendeu-se o alerta em relação às unidades prisionais, uma vez que o confinamento de sentenciados e servidores pode propiciar a rápida disseminação da doença. Um levantamento recente do Sifuspesp (Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional do Estado de São Paulo) aponta que na região oeste são 67 funcionários infectados, sendo seis mortes.

MUDANÇAS

INTERNAS

A medida adotada vai ao encontro de outras ações já desenvolvidas para evitar o contágio e disseminação da Covid-19 no sistema prisional. Dentre as quais, a Croeste afirma que foram distribuídas máscaras reutilizáveis e protetores faciais “face shield” para todos os funcionários. Além disso, lixeiras com tampas foram substituídas por outras de pedais, evitando contato manual, sendo algumas delas reservadas somente para descarte de máscaras descartáveis; os banheiros receberam frascos com água sanitária diluída para borrifar nos assentos a cada uso.

Novas pias também foram instaladas em locais de grande circulação, com sabonete e álcool em gel disponíveis, este, colocado em áreas de grande circulação. Já as mesas e equipamentos eletrônicos são higienizados pelos próprios funcionários após uso, e os pisos desinfetados diariamente. Além disso, funcionários e detentos foram vacinados contra três tipos de vírus influenza, exceto a Covid-19, que ainda não possui vacina.

PRODUÇÃO

DE MÁSCARAS

Vale destacar que três unidades da Croeste tiveram suas oficinas da Funap (Fundação Professor Doutor Manoel Pedro Pimentel) adaptadas para a produção de máscaras por reeducandos, para vendas pelo preço de custo. São elas: Penitenciária Feminina de Tupi Paulista, Penitenciária Anízio Aparecido de Oliveira, de Andradina, e o CPP (Centro de Progressão Penitenciária) Doutor Javert de Andrade, de São José do Rio Preto.

Como noticiado por este diário, a produção de máscaras de proteção em presídios do Estado de São Paulo ultrapassou a marca de 1,5 milhão de peças produzidas. Até o começo de maio, foram produzidas 1.448.165 máscaras descartáveis. 

Foto: Croeste

Sentenciados auxiliam na limpeza e higienização dos ambientes

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