Indústria gera 300 novos empregos na região de PP

Com uma variação positiva em 0,66%, regional teve o 6º melhor desempenho no estudo, divulgado anteontem pelo Ciesp/Fiesp

REGIÃO - MARIANE GASPARETO

Data 17/06/2018
Horário 05:39
Arquivo - Safra da cana-de-açúcar favorece contratações e impulsionou variação positiva do mês passado
Arquivo - Safra da cana-de-açúcar favorece contratações e impulsionou variação positiva do mês passado

A região de Presidente Prudente teve o sexto melhor desempenho no nível de emprego na indústria em todo o Estado de São Paulo, em relação ao mês anterior, com uma variação positiva em 0,66%, o que representa 300 novos postos de trabalho criados, atrás de Araçatuba (1,04%), Limeira (0,96%), Indaiatuba (0,79%), Sertãozinho (0,73%) e Bauru (0,71%). No acumulado deste ano, a regional segue entre as mais bem ranqueadas, dessa vez na quinta posição com variação de 4,78% e 1,9 mil empregos gerados. O único resultado negativo de Prudente foi referente aos últimos 12 meses, o qual ficou em -0,22%.

O Ciesp/Fiesp (Centro e Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) divulgou os dados da pesquisa realizada pelo Depecon (Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos), na sexta-feira. Os setores que mais influenciaram a variação positiva de maio foram de produtos alimentícios (1,19%); coque, petróleo e biocombustíveis (0,35%); e confecção de artigos do vestuário e acessórios (0,68%).

Para o vice-presidente da Diretoria Regional do Ciesp/Fiesp em Presidente Prudente, Itamar Alves de Oliveira Júnior, já era esperado um bom desempenho para o setor de combustíveis, visto que estamos em um período de safra da cana-de-açúcar, época sazonal na qual ocorrem contratações para esse segmento. No entanto, apontou que surpreendem os dados dos outros dois setores (vestuário e alimentação), os quais indicam que o mercado interno está consumindo mais, o que é avaliado de forma muito positiva. “A região é bastante focada na agroindústria, que tem sofrido menos com a crise econômica do que outros setores que dependem de importação, como os relacionados à tecnologia”, esclarece.

Os patamares altos do dólar, sobretudo nos últimos meses, em um primeiro momento podem até indicar uma eventual melhora para as indústrias que exportam (como de farelo de soja, couro e açúcar), mas o cenário é mais complexo do que parece por conta da volatilidade da moeda. “Essa instabilidade no dólar gera insegurança tanto para o comprador quando para o vendedor, pois as pessoas fazem as transações sem saber quanto vão receber ou efetivamente pagar pelo produto”, esclarece.

 

Desempenho no Estado

Após quatro meses seguidos de geração de emprego, a indústria paulista encerrou maio com o fechamento de 3,5 mil postos de trabalho, queda de -0,16% frente a abril, na série sem ajuste sazonal. Porém, no acumulado do ano, o saldo ainda segue positivo, com 28,5 mil vagas (variação de 1,33%). Com o ajuste sazonal, o resultado para o mês também ficou negativo, (-0,27%).

De acordo com o presidente em exercício da Fiesp, José Ricardo Roriz Coelho, o resultado vem para confirmar um desempenho ruim para a geração de emprego na indústria paulista. Para ele, o cenário econômico é de incertezas, o Brasil lida com problemas no câmbio, empresas têm dificuldade de acesso ao capital de giro e a taxa de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) será menor, o que reflete no emprego.  O presidente define a situação como “preocupante”, visto que o ano de 2017 teria sido “ruim” mas a perspectiva era de um  2018 “ótimo”, o que ainda não aconteceu.

 

NÚMEROS

 

300

novos postos de trabalho foram criados em maio, na região

 

0,66%

foi a variação positiva registrada, a sexta maior do Estado

 

1,9

mil empregos foram gerados no acumulado deste ano

 

4,78%

consiste no indicador de melhora apresentado no período

 

 

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