Principal fonte de vitamina D ao organismo, banho de sol é indicado

REGIÃO - WEVERSON NASCIMENTO

Data 02/06/2019
Horário 06:40

Para evitar a carência da vitamina D, a medicina recomenda que todos os seres humanos tomem diariamente banho de sol. A maior fonte da vitamina para o ser humano provém da ação da radiação solar UVB (ultravioleta B) na pele, responsável por fornecer até 80% a 100% das necessidades desta para o organismo, explica o médico dermatologista Murilo Calvo Peretti, 31 anos, de Presidente Prudente. Segundo a SBD (Sociedade Brasileira de Dermatologia), recomenda-se exposição cautelosa ao sol, uma área de pele que esteja sem protetor solar como pernas, costas, abdome, palmas ou plantas, por cinco minutos ao dia, entre as 10h e 15h, o que já é suficiente para produção adequada da vitamina; até mesmo em dias nublados e chuvosos, leva à síntese vitamínica.

De acordo com o médico dermatologista, apesar de a radiação solar predispor ao câncer de pele quando crônica, intensa e prologada, é indicada a exposição diária ao ambiente externo ou sol visando produção adequada de vitamina D, quando realizada de forma correta, respeitando-se o tempo de permanência. “Há controvérsias sobre a ingesta diária recomendada da vitamina, mas uma ingestão de 3 a 8 microgramas/dia da vitamina, podendo chegar a 15 mcg/dia, é indicada em adultos. É importante ressaltar que a aplicação de protetor solar diariamente nas áreas expostas ao sol não prejudica a produção total de vitamina D e é extremamente recomendada a partir dos seis meses de idade”.

Sua ação

A vitamina D regula cerca de mil genes através de seu receptor, encontrado em mais de 60 tipos de células humanas. Tem efeito no crescimento e na diferenciação celular e está associada à regulação de diversas vias no organismo, como a imunológica e a metabólica que regula os níveis de cálcio e fósforo. A síntese de vitamina D inicia-se na pele, durante a exposição solar, e continua no fígado e nos rins, explica o médico.

De acordo com Murilo, as características pessoais, como maior pigmentação da pele, uso de determinados tipos de vestuário cobrindo maior parte do corpo, ambiente de trabalho com menor exposição solar e menor atividade física ao ar livre, podem impedir a síntese da vitamina D. Para ele, existem poucas fontes alimentares naturais ricas em vitamina D, por exemplo, gema de ovo de galinha e carne vermelha. Assim, alimentos como derivados do leite, margarina, cereais e sucos de laranja, recebem suplementação/fortificação da vitamina D durante sua produção.

Deficiência da vitamina

Os baixos níveis de vitamina D estão associados a vários tipos de doenças metabólicas como obesidade, diabetes, resistência à insulina e síndrome metabólica; doenças ósseas (osteoporose) e doenças cardiovasculares (hipertensão arterial), explica o dermatologista. Murilo reforça que, em dermatologia, alguns estudos também apontam a relação entre a deficiência de vitamina D e alguns tipos de dermatites e queda de cabelo.

Para tanto, recomenda-se dosagem sérica de vitamina D em pessoas sob maior risco de sua deficiência: portadoras de osteoporose, raquitismo, osteomalácia, idosos, doença renal, insuficiência hepática, síndromes de má absorção, pós-cirurgia bariátrica, hiperparatireoidismo, linfomas, pacientes que usam medicamentos específicos que podem interferir com a vitamina D, obesos, gestantes e lactantes.

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