Quem paga o pato?

OPINIÃO - Arlette Piai

Data 07/04/2020
Horário 04:25

Artigo 5º da Constituição: “Todos são iguais perante a lei”. Entretanto, no Brasil, existem os mais iguais.  Nossa pátria precisa ser “consertada” e quem o faz é o povo, que deve saber o que acontece nos bastidores e fora deles e exigir. Temos no nosso país 513 deputados federais, 1.059 deputados estaduais, 81 senadores, 27 governadores, 27 vice-governadores, 5.771 prefeitos, 5.771 vice-prefeitos e 59.951 vereadores.

Por que tudo isso? Quem os mantém é a grana dos impostos do povo, principalmente dos mais sacrificados, já que os impostos mais altos estão no feijão, no tomate, no arroz; praticamente dobra o preço da alimentação. Veja, leitor, nesta crise, se esses quase 100 mil políticos cortarem 50% de seus salários e mordomias, só em 6 meses, mais de R$ 9 bilhões seriam economizados dos nossos impostos para ser aplicado na Saúde e salvar vidas.

Mas ainda não cortaram e a paciência do povo brasileiro está se esgotando. A polegada age assim, assim..., e o Brasil que se exploda. “O que faz andar o barco não é a vela enfunada, mas o vento que não se vê...” (Platão).

Veja, leitor, porque temos favelas - favelas sim, não comunidade - não se aceita mudar o rótulo sem mudar a realidade. Veja quantas pessoas perdendo emprego, quantas lojas, pequenas empresas falindo, autônomos prejudicados; enfim, o que está sendo cortado é só da ponta. É justo, enquanto os superpalacianos continuam superpalacianos? A propósito, o único país do mundo que tem palácio sem rei é o Brasil. Por que não fechar os palácios e os políticos trabalharem “em escritórios” como ocorre na Suécia, por exemplo?

Por que não fechar os palácios e os políticos trabalharem “em escritórios” como ocorre na Suécia, por exemplo?

Bem, pra mudar precisa começar do micro pro macro. Então vem a pergunta: Os políticos prudentinos vão cortar pela metade seus salários, ao menos, nos próximos 6 meses? Seria mais que solidariedade, um dever ético e moral. Esse ato deveria ser comum, mas é tão raro senão exclusivo, que repercutiria em todo o Estado de São Paulo, no Brasil, talvez no mundo.

Que tal começar a mudança dando o exemplo?  Afinal, os senhores sabem muito bem que não é legítimo só o povo pagar o pato. Senhores prefeito, vice-prefeito, vereadores, deputados. É justo, né? O povo prudentino, com certeza, espera um posicionamento! “A vida não examinada não vale a pena ser vivida” (Sócrates, século IV a. C.).

 

 

 

 

 

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