Região é a 12ª no Estado em consumo de energia

Consumo energético total chegou a 705.77 toe (tonelada de óleo equivalente), 12.748,60 toe a menos de 2017 para 2018, uma vez que no ano anterior ao analisado o total foi de 718.525,60 toe

REGIÃO - THIAGO MORELLO

Data 06/08/2019
Horário 04:06
José Reis - Conforme o estudo, são 12.748,60 toe a menos consumidos na região de 2017 para 2018
José Reis - Conforme o estudo, são 12.748,60 toe a menos consumidos na região de 2017 para 2018

A Secretaria de Energia e Mineração do Estado divulgou sexta-feira, a edição de 2019 do Anuário de Energético, que tem 2018 como ano base. O levantamento apresenta dados sobre os principais energéticos consumidos pelos municípios: energia elétrica, gás natural, etanol e derivados de petróleo. No que tange à 10ª RA (Região Administrativa) do Estado de São Paulo, a de Presidente Prudente, o consumo energético total chegou a 705.77 toe (tonelada de óleo equivalente).

Como pode ser visto na tabela, a localidade ficou na 12ª posição do Estado, logo atrás de Araçatuba e à frente de Franca. Os números também mostram que o consumo energético regional diminuiu. Conforme o estudo, são 12.748,60 toe a menos de 2017 para 2018, uma vez que no ano anterior ao analisado o total foi de 718.525,60 toe.

Assim como no ano passado, referente a 2017, a região ainda é a quinta menor do Estado em consumo. Para o engenheiro elétrico José Carlos Nascimento, professor da Unoeste (Universidade do Oeste Paulista), a quantidade gasta na área tem ligação com o fato de a região ser caracterizada pelo consumo residencial e comercial, em sua maioria. “Então, a faixa industrial tem um pouco menos de influência na região”, completa.

Ou seja, se diminuiu, ele compreende que houve também uma redução das áreas comerciais e residenciais, que pode ser tanto na quantidade (unidade consumidora), quanto no gasto diário, pensando aí numa gestão de consumo mais eficiente. “E isso está ligado diretamente com o aperto econômico vivido na atualidade. As casas e comércios estão focados em algumas táticas de economia de energia, como por exemplo, utilizar energias renováveis mais favoráveis e que gera menos gastos, como a energia solar”, destaca.

Energia elétrica

Ao longo do estudo, comprova-se que a região ainda tem, na maioria dos casos, a energia elétrica como gasto principal. E apesar de mostrar que houve uma diminuição no consumo energético, a Elektro, que é uma das distribuidoras que atua nas cidades da 10ª RA, argumenta que na área de atuação da empresa houve um crescimento de 2,5% no consumo, comparado com 2017. “Esse crescimento é explicado pelo crescimento da economia e também pelas altas temperaturas registradas, sobretudo, no primeiro semestre do ano de 2018”, complementa.

A Energisa Sul-Sudeste, concessionária também atuante na região, foi procurada pela reportagem para falar sobre o assunto. No entanto, a distribuidora não conseguiu responder até o fechamento desta edição, em vista da complexidade e do tempo hábil para analisar os números.

Emissão de CO²

O levantamento também analisa a emissão de CO² (dióxido de carbono), por 10³ t/ano. Ao passo que caiu o consumo energético, também caiu a liberação do gás na região. De 2017 a 2018 foi uma redução de 101,29 10³ t/ano: de 1.305,29 10³ t/ano para 1.204 10³ t/ano.

Ambientalmente falando, o planeta agradece, mas na análise das motivações, o engenheiro elétrico põe em pauta o aperto econômico novamente. José Carlos explica que o gasto de gás carbônico está ligado, principalmente, ao uso de automóveis na região, uma vez que não é produtora de energia. “Isso mostra que as pessoas estão utilizando menos os carros, em vista de gastar menos. Esse é um dos casos que pode estar relacionado diretamente com essa situação”, finaliza.

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