Setores da sociedade devem se unir em  prol do desenvolvimento de PP

EDITORIAL -

Data 10/02/2018
Horário 13:42

A discussão sobre a possível chegada da empresa de transporte “Uber” em Presidente Prudente voltou a gerar interesses após a empresa anunciar, na terça-feira, que abriu cadastro para os motoristas da cidade. No passado, o assunto gerou conflito após a Câmara propor um projeto de lei proibindo a atuação da empresa na cidade, o qual foi vetado pelo prefeito à época.
Não se visa deslegitimar as reivindicações dos taxistas sobre essa “concorrência desleal”, visto que são obrigados a arcar com uma série de taxas e tributos por suas placas vermelhas, que o aplicativo de motoristas – por não ser regulamentado – ainda não arca. Sem esse custo, a empresa consegue oferecer preços melhores para as corridas, sem repassar ao consumidor os tributos.
É necessário regulamentar esta forma de transporte, de modo que não ocorra a sonegação de impostos, ou que uma concorrência desleal torne a relação de mercado desequilibrada neste segmento. No entanto, impedir a chegada da empresa na cidade não é a alternativa. Afinal, o usuário pode considerar mais seguro pagar sua corrida pelo cartão, sem precisar sacar dinheiro, utilizando-se da rota do GPS, evitando assim “enganos” e rotas suspeitas. 
Há um grande problema no Brasil, no qual há uma tentativa frequente de monetizar novas formas de negócio que surgem com os avanços tecnológicos, visando tributá-las da mesma forma que os negócios “antigos”. Isso tem acontecido com os sites de streaming, recentemente alvos das empresas televisão por assinatura – as quais oferecem um produto completamente diferente e, de uma forma extremamente antiquada, estão enxergando os sites como “concorrentes diretos”.
É importante encontrar formas de estimular a chegada de novas empresas na cidade, sobretudo aquelas que oferecem serviços inéditos e que trazem soluções para a vida das pessoas. Evidentemente que os direitos de algumas classes de trabalhadores não podem ser desmerecidos nesse processo, como se a sociedade apenas voltasse os olhos para lucros financeiros e outros. 
No entanto, formas ultrapassadas de se lidar economicamente com segmentos podem coibir a chegada de empresas que investem inovação, e atrapalhar o desenvolvimento da cidade. O interessante para o crescimento da região é sempre buscar formas e modelos novos de se fazer negócios, que viabilizem novidades, investimentos e sejam viáveis e interessantes para todas as partes envolvidas. Em lugar disso, o que vemos é uma tentativa improfícua de sempre manter o status quo e fugir de mudanças.

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