Vacinação contra gripe é antecipada

Ainda assim, a VEM ainda não recebeu qualquer notificação ou orientação sobre a mudança de datas; clínicas particulares afirmam que nada muda em seus cronogramas

PRUDENTE - MARCO VINICIUS ROPELLI

Data 03/03/2020
Horário 04:32
Arquivo - Elaine afirma que a VEM ainda não recebeu notificações ou orientações do Ministério da Saúde
Arquivo - Elaine afirma que a VEM ainda não recebeu notificações ou orientações do Ministério da Saúde

O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, anunciou, depois da confirmação do primeiro caso de coronavírus no Brasil, que antecipará a campanha de vacinação contra a gripe (vírus influenza). De acordo com a assessoria do ministério, as 75 milhões de doses começarão a ser aplicadas a partir de março. “A medida é uma forma de auxiliar os profissionais de saúde a descartarem influenza na triagem de casos para o coronavírus”. A região de Presidente Prudente também será afetada, mas, segundo a supervisora da VEM (Vigilância Epidemiológica Municipal), Elaine Bertacco, ainda não há qualquer orientação vinda de esferas nacional ou estadual para a municipalidade.

O Ministério da Saúde, ainda segundo sua assessoria, informa que ainda não possui informações sobre a logística de distribuição das vacinas, até por isso, a VEM continua sem qualquer informação adicional. De qualquer forma, os anúncios preliminares ressaltam que “primeiro, devem ser vacinadas gestantes, crianças até seis anos, mulheres até 45 dias após o parto e idosos, historicamente mais vulneráveis à doença, que pode levar até à morte”. A campanha está prevista para ter início em 23 de março, pouco menos de um mês antes do início anterior, na segunda quinzena de abril.

HÁ MUDANÇAS EM

CLÍNICAS PRIVADAS?

Não. Na Vaccine Care, um dos centros de vacinação privados de Presidente Prudente, a antecipação do governo não interfere em nada nas clínicas privadas. “Na Vaccine Care, as doses contra a influenza costumam chegar no final de março. Muitas vezes, fazemos um planejamento maior e a busca não ocorre, baseamos a quantidade de doses na demanda do ano anterior”, destaca o proprietário Luiz Eduardo Peruzzi, 33 anos.

Da mesma forma, o administrador do Hospital Infantil Unimed, Carlos Alberto Sacchetin, 54 anos, onde está localizado o centro de vacinação, também afirma que as decisões do governo não influenciam na instituição. “Nós dependemos exclusivamente da chegada dos lotes. Se me entregarem hoje, tenho condições de iniciar as vacinações”, afirma. Segundo Carlos, os fornecedores costumam entregar a vacina na segunda semana de março, mas podem atrasar até a quarta semana do mesmo mês.

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