Por causa da irresponsabilidade de certos negacionistas, que desdenham da ciência, mais de 500 mil brasileiros morreram vítimas da Covid-19 desde o início da pandemia. Se não me engano, a Guerra Civil Americana matou ao menos 600 mil pessoas. Algumas fontes, no entanto, dizem que morreram cerca de um milhão de americanos.
Se a pandemia não for levada a sério, com vacinação em massa com urgência, não será surpresa se o Brasil chegar perto ou até mesmo ultrapassar o número de vítimas da Guerra Civil nos EUA.
Se no título da crônica usei a expressão "partiram antes do combinado", como diz o Rolando Boldrin, é porque os mais de 500 mil brasileiros teriam pela frente, em média, mais 18 anos de vida, como lembrou a repórter Sônia Bridi no "Fantástico".
Assassinato indireto? Genocídio? Você aí escolha e defina. Evidente que se o governo tivesse comprado em setembro do ano passado as 70 milhões de vacinas da Pfizer não haveria esta tragédia. O número de vítimas seria bem menor. Não é um mero cronista que observa isto. Cientistas já explicaram à exaustão que o governo pisou no tomate e em outros legumes ao não adquirir as vacinas que a Pfizer ofereceu várias vezes. Preferiram receitar a cloroquina, medicamento indicado para a malária e ineficaz contra o coronavírus, como já está comprovado.
Tantas mortes ficarão impunes? Alguém será responsabilizado e preso? Desculpem-me a franqueza, mas eu acho que os parentes das vítimas deveriam entrar com ações de indenizações na Justiça. Esta tragédia não pode ficar impune.
Os brasileiros estão chocados e traumatizados. Estamos em um vale de lágrimas. E agora vem o negacionista Osmar Terra Plana expressando solidariedade às famílias. Ora, cara-pálida: a sua solidariedade nós dispensamos. Sabemos que tal sentimento é falso. Pura hipocrisia e estamos fartos dos hipócritas que desrespeitam o sofrido povo brasileiro.
DROPS
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