"As aventuras de Rin Tin Tin"

DignaIdade

COLUNA - DignaIdade

Data 27/09/2022
Horário 07:00

O cão Rin Tin Tin da raça pastor alemão surgiu originalmente no cinema ainda no cinema mudo e teve uma carreira longa de 1923-1932, tendo feito tanto sucesso que na primeira votação para o Oscar em 1928 ele recebeu o maior número de votos para melhor ator, só não tendo recebido a distinção, para que as premiações fossem levadas a sério. Vários cães interpretaram o personagem original, e uma série de TV da rede americana ABC marcou várias gerações: “As Aventuras de Rin Tin Tin” (estrelada pelo cão Rin Tin Tin II sem parentesco com o primeiro, e pelo bisneto do cão original Rin Tin Tin IV), durante 1954-1959 num total de 164 episódios. Na série, o cão pastor alemão de múltiplos talentos (farejar pistas, atacar índios, descobrir esconderijos, enviar recados) era de propriedade do garoto Cabo Rusty (Lee Aaker) que se tornou órfão após um ataque dos índios e ficado sob tutela do Tenente Rip Master (James Brown). Criado sob o regime da cavalaria americana, eles viviam no Forte Apache ao lado dos amigos soldados como o Sargento O´Hara (Joe Sawyer) e a iminência de ataque de índios apaches e comanches. Intensamente reprisada na TV ao longo das décadas por diversas emissoras como Record, Tupi e Bandeirantes, deu origem a um dos brinquedos mais desejados pelos garotos nos anos 60 a 80: o Forte Apache da Gulliver, sendo ainda tema de gibis e nome famoso de bala comestível. Atualmente, Rin Tin Tin tem um versão colorizada frequentando as madrugadas do SBT. 

“Golpes consignados contra idosos: o inimigo mora junto” 

A violência financeira é um dos tipos mais frequentes observados de abusos contra idosos no Brasil. A grande maioria das vezes ela é realizada por pessoas próximas aos idosos, como filhos, netos e cuidadores, e pode ocorrer na intimidade dos lares, ao longo dos cotidianos onde a fragilidade senil os faz vítimas de aves-de-rapina mais próximas do que se imagina. Ela pode ocorrer de diferentes formas, e muitas vezes, vem recheada de boas intenções, onde o explorador familiar se traveste de responsável ou cuidador para ter acesso às pensões, aposentadorias e reservas dos idosos. Com a desculpa fácil de que os idosos precisam de apoio para lidar com as finanças, passam a assumir controle total do dinheiro e, ao invés de usá-lo para financiar as necessidades dos próprios idosos, utilizam boa parte dos soldos para gastos pessoais e de seus próprios familiares diretos. Com a justificativa de que alguns idosos precisam realmente do apoio de outras pessoas, por apresentarem limitações ou dependências funcionais das mais variadas, decorrentes do próprio envelhecimento ou de condições agravantes de saúde, arvoram-se de seus salários e poupanças. Acham-se no direito de usufruir e dispender o dinheiro da forma que bem entenderem, afinal, acreditam que estão abdicando de outras ações para cuidarem de seus parentes velhos e doentes. Existem situações em que os cuidados dos idosos são negligenciados, postos em segundo plano diante da necessidade de manutenção das custas de um conjunto de pequenos privilégios dos golpistas e de seus próprios dependentes. Consomem as aposentadorias, torram as reservas e ainda preparam armadilhas financeiras para os próprios idosos: obrigando-os (muitas vezes através de chantagens ou manipulações) a assinarem empréstimos consignados (facilmente disponíveis para aposentados e pensionistas) com parcelas que consomem boa parte de suas rendas líquidas em períodos prolongados, sem que os idosos vejam a cor do dinheiro ou resultados práticos de tais valores em suas vidas. Quem comete violência financeira contra idosos, se apropriando de bens ou valores pode receber pena de um a quatro anos, além de multa, segundo o Estatuto do Idoso. Quem retém o cartão da conta bancária de um idoso pode pegar entre seis meses e dois anos de detenção e multa. Nem todo pai foi uma flor para o seu filho: se você não consegue ser flor na vida do seu parente idoso, saiba que ser erva daninha pode ser crime. 



 

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