ChatGPT: Inimigo ou aliado da educação?

OPINIÃO - Vanessa dos Anjos Borges

Data 03/03/2023
Horário 05:00

Reconheço a importância dos meus professores em minha vida cada vez que me recordo de momentos importantes que me marcaram. Em um desses momentos, no ensino fundamental, uma das tarefas foi apresentar uma pesquisa sobre o artista Vitor Brecheret. Me lembro da sensação de descoberta, de um novo mundo que, a partir das pesquisas realizadas em uma enciclopédia Barsa, se apresentou a mim. 
Hoje, para tal atividade bastaria ter digitado seu nome em algum serviço de busca na internet e se deparar com dezenas de textos e imagens sobre o artista, em questão de milissegundos, não precisando recorrer ao índice de um livro ou enciclopédia.
A quantidade imensurável de dados armazenados ao longo dos anos nas nuvens propiciou o desenvolvimento de ferramentas cada vez mais refinadas para busca e produção de informações. A inteligência artificial se apropria sobremaneira desses recursos, utilizando-se de técnicas para execução de tarefas atribuídas a seres inteligentes a partir do conhecimento extraído desses dados.
O ChatGPT, ferramenta de inteligência artificial apresentada ao mundo no final de 2022, apresenta uma interface de conversação e argumentação com seus usuários. Seu potencial de interação e apresentação de resultados a perguntas surpreendeu a todos e trouxe à tona diversos questionamentos, principalmente quando relacionamos seu uso à educação. 
Perguntei ao ChatGPT quais são os potenciais de seu uso na educação, ele me apresentou uma lista de possibilidades que ele oferece para esse fim. Porém, após apresentar essa lista o ChatGPT, apresentou um texto dizendo que por mais que ele seja útil em determinadas situações educacionais, ele compreende sua limitação e reconhece que a interação e orientação de um professor não pode ser substituída.
A ferramenta pode ser grande aliada no processo por busca e até mesmo geração de informações, mas o papel do professor ao acionar o aluno como agente central da construção de seu próprio conhecimento ainda não pode ser substituído pela máquina. É o professor que por meio de metodologias e técnicas inovadoras e disruptivas deve ativar a iniciativa pela busca do conhecimento de seus alunos.

 

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