Consórcio ou financiamento? Economistas dão dicas para aquisição da casa própria 

Para especialistas, trabalhador necessita realizar planejamento prévio, ter em mente se a aquisição do imóvel necessita ser feita em curto prazo ou não, e se cenário imobiliário é de alta ou baixa

PRUDENTE - CAIO GERVAZONI

Data 13/03/2022
Horário 08:15
Foto: Freepik
Um dos maiores desejos do trabalhador brasileiro é sair do aluguel e conseguir a almejada casa própria
Um dos maiores desejos do trabalhador brasileiro é sair do aluguel e conseguir a almejada casa própria

Um dos maiores desejos do trabalhador brasileiro é sair do aluguel e conseguir a almejada casa própria. Para facilitar esse caminho, são muitos os que recorrem a alternativas como consórcio ou financiamento. A reportagem conversou com os economistas Moisés Silva Martins e Alexandre Bertoncello para elucidar algumas questões sobre as modalidades de investimento associadas à aquisição da casa própria.
Alexandre Bertoncello pontua que a principal diferença entre consórcio e financiamento é que o primeiro pressupõe uma empresa que organiza uma série de pessoas para conseguir um determinado bem e que, para essa organização, é cobrada uma taxa de administração. “Enquanto em um financiamento, bancos tradicionais ou não emprestam um dinheiro e tem como garantia a própria casa para depois você pagar este dinheiro”, explica o economista. 
Segundo Moises Martins, para avaliar a melhor modalidade de compra, a pessoa necessita realizar um planejamento prévio e ter em mente se a aquisição necessita ser feita em um curto prazo ou não. “É preciso saber que ao comprar através do financiamento o indivíduo estará usufruindo de imediato. Já através do consórcio isso pode não acontecer e, claro, sempre avaliando a segurança dos promotores deste consórcio”, indica. 

Cautela e planejamento

Bertoncello vai mais a fundo e relata que é preciso ter cautela no momento de investir no sonho da casa própria. “O primeiro passo é saber seu perfil e qual a sua necessidade [...]. A relação tempo sempre acaba influenciando na decisão. Um ponto importante é entender o ciclo dos mercados. Porque em algum momento o preço dos imóveis pode estar inflacionado e em outros momentos ele pode recuar”, explica o especialista. Ele relata que, ao entrar em um investimento em um cenário de mercado imobiliário inflacionado, a pessoa pode cair numa armadilha e o sonho muito provavelmente irá se tornar um pesadelo. “Entrar em um momento inflacionado significa que você irá financiar ou fazer um plano de consórcio em um valor tão alto que os juros a serem pagos, com o passar do tempo, serão uma perda de dinheiro”, elucida o economista, e recomenda que os investimentos sejam sempre feitos em ciclos imobiliários de baixa. 
O economista Moises Martins adiciona outros pontos sobre o investimento na casa própria. Para o especialista, é preciso verificar se a prestação do imóvel é crescente ou decrescente, se o salário da pessoa comporta o investimento e se o emprego atual oferece estabilidade. “É importante lembrar que não deve comprometer mais que 30% do salário líquido. Um ponto importante é não juntar renda de família para conseguir mais dinheiro, isso no futuro pode acarretar problemas. Analisando assim e orçando uma prestação adequada dará certo”. 

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