É difícil lutar contra o invisível.  Mas não é impossível! 

EDITORIAL -

Data 05/03/2021
Horário 03:00

É difícil lutar contra o invisível. Mas não é impossível! Perder a batalha contra uma doença terminal, como o câncer, por exemplo, que é uma das que mais judiam, quando um ente querido parte após anos de luta dói demais em todos os amigos, familiares, nos que estão perto ou longe. É uma luta diária dos que estão sempre presentes. São horas intermináveis de orações, de súplicas a Deus ou a qualquer outra divindade em que se acredita além deste plano terreno. Mas perder alguém tão depressa como vem acontecendo desde o início da pandemia da Covid-19 causada por este novo e misterioso coronavírus chega a ser surreal. Isso porque sequer as pessoas têm tempo de se preparar(se é que existe preparo para deixar ir quem tanto amamos) para a despedida. Na verdade sequer pode haver despedida. Primeiro cá estão todos limitando-se, evitando o contato físico, o abraço tão gostoso, fraternal, carinhoso, que transmite paz, que acolhe, dá paz, consola, ameniza tantas dores. Mal pode-se chegar perto de quem se ama. E quando se chega, é com receio. Com medo de estar contaminado e transmitir para aquele que amamos essa doença terrível. 
Um ano se passou, desde que tudo isso começou lá do outro lado do mundo e cá muito se ouvia: “nossa, que coisa não? Será que isso que está acontecendo lá na China é verdade? Ainda bem que está lá bem longe daqui”...
É, longe que nada.  O invisível tomou conta do mundo inteiro e em 12 meses todas as nações choraram por um mesmo motivo: o medo do desconhecido que chegava dizimando milhares de vidas rapidamente. Nunca se valorizou tanto o ar que se respira. Nunca se valorizou tanto os profissionais da saúde que se entregaram horas e horas em seus postos de trabalho sem saber ao certo o que fazer para ajudar tanta gente que ali implorava na maioria das vezes apenas por meio de olhares aflitos na busca pelo ar para respirar por alguns minutos enquanto ainda tinham lucidez.
E nunca foi tão necessário respeitar o distanciamento social como agora! O país vive um momento dos mais delicados desde o início da pandemia. A academia vai continuar no mesmo lugar. As festas poderão ser feitas depois com muito mais alegria. Respeitem a vida do outro. Pensem nas crianças que ainda tem muito a viver. Não seja egoísta e procure entender o poder que o invisível tem.
 

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